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Anbima revisa para 1,4% projeção para PIB em 2018

O Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) reduziu, pela quarta vez consecutiva, a estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2018. A nova projeção é de 1,4%, ante 1,5% traçado na reunião anterior do grupo, em julho. A primeira sinalização de corte ocorreu em maio, quando a previsão foi de 3% para 2,4% e, na sequência, em junho, passou para 1,6%.

“O cenário de incertezas é um dos principais responsáveis pela fraca performance da nossa economia atualmente. Os investimentos estão em compasso de espera. A definição da agenda do próximo ano deve contribuir para uma recuperação do ritmo de crescimento”, afirma o presidente do Comitê da Anbima, Fernando Honorato, em comunicado.

Em relação aos juros, os economistas reiteraram as expectativas de que o Copom (Comitê de Política Monetária) mantenha a Selic a 6,5% até o fim deste ano. Para 2019, o Comitê prevê um aumento da taxa de juros em maio, passando para 7%, terminando o ano em 8%. Para o IPCA (Índices de Preços ao Consumidor Amplo) de 2018, a estimativa aumentou de 4% para 4,2%.

“Caso a agenda das reformas estruturais avance no próximo ano, aumentam as chances de que haja recuperação no quadro fiscal, o que contribuiria para melhora nas expectativas do cenário econômico, diminuindo os riscos para a inflação e os juros”, completa Honorato.

Dólar e mercado externo - Para o comitê da Anbima, a piora da percepção dos países emergentes pelos investidores internacionais, a partir da reversão da política econômica norte-americana e com as crises da Turquia e da Argentina, se refletiu em maiores exigências quanto a credibilidade e o financiamento de recursos para esses mercados.

No caso do Brasil, o grupo acredita que uma agenda reformista no próximo governo poderá contribuir para a valorização do real. O comitê aumentou a projeção média do dólar para o fim de 2018 de R$ 3,68, discutida na reunião anterior, para R$ 3,85. Caso a expectativa se concretize, haverá desvalorização de 16,4% da moeda doméstica no ano.

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