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Cenário desafiador, mas melhor Eduardo Jarra

Eduardo Jarra, chefe de economia e estratégia da Santander Asset Management Brasil
Eduardo Jarra, chefe de economia e estratégia da Santander Asset Management Brasil

Edição 357

O mercado doméstico passou por relevante descompressão de risco recentemente, com considerável apreciação dos ativos. Ainda que estejamos alinhados com a percepção mais positiva na margem, temos uma leitura mais balanceada em termos de estratégia de investimentos.
De fato, o conjunto de informações recente trouxe sinais mais construtivos para a conjuntura econômica e, consequentemente, o nosso posicionamento tem um viés mais benigno para os ativos locais. No entanto, além dos preços mais apreciados n

Sinais no crédito privado _ Fábio Coelho

Fábio Coelho, presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec) e ex-Diretor-Superintendente da Previc
Fábio Coelho, presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec) e ex-Diretor-Superintendente da Previc

Edição 356

Depois de uma década sob uma revolução silenciosa no Brasil, o mercado de dívida corporativa enfrentou um solavanco em 2023, diante dos pedidos de recuperação judicial (RJ) de Americanas e Light, por razões distintas. Esses eventos lançaram luz sobre problemas de governança corporativa que não foram percebidos durante o crescimento mais acelerado do crédito privado, com o desenvolvimento de um mercado secundário pujante e aumento expressivo do volume de negociação.
Estatísticas da B3 mostram que o vol

Crédito direcionado: entre o uso e o abuso _ Adriana Dupita

Adriana Dupita é economista da Bloomberg Economic para o Brasil e a Argentina
Adriana Dupita é economista da Bloomberg Economic para o Brasil e a Argentina

Edição 356

Os primeiros cinco meses do terceiro mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva deram pistas de que sua política econômica tende a buscar um delicado equilíbrio entre a estabilidade macroeconômica, redistribuição de renda e estímulo ao crescimento. É uma tarefa complexa, ainda mais diante do pouco espaço fiscal e da baixa influência que o Presidente tem hoje sobre a política monetária. Neste contexto, pode ser grande a tentação de recorrer a um dos poucos instrumentos que estão à mão: a expansão do cr

Energest pede retirada de patrocínio

A Energest pediu retirada de patrocínio dos planos Energias do Brasil e Escelsos II, que fazem parte da Enerprev, a fundação dos funcionários da EDP. O motivo foi a aquisição, no final do ano passado, da Energest pela VH GSEO UK Holdings Limited, uma subsidiária da Victory Hill Global Sustainable Energy Opportunities.
A Enerprev já deu início ao processo de retirada na Previc, assim como já encaminhou a comunicacão aos 71 participantes que estão vinculados à essa empresa e que serão envolvidos no processo.

TCU e EFPCs com patrocínio estatal: urge uma solução harmônica

Adacir Reis é advogado e ex-tutular da Superintendência de Previdência Complementar
Adacir Reis é advogado e ex-tutular da Superintendência de Previdência Complementar

Por Adacir Reis *
Para dar mais eficiência à fiscalização das entidades fechadas de previdência complementar com patrocínio público ou estatal, é preciso construir uma solução harmônica em torno das competências do Tribunal de Contas da União - TCU.
Atualmente, como se verá a seguir, o TCU se considera competente para fiscalizar diretamente as entidades previdenciárias com patrocínio público ou estatal. Mas nem sempre foi assim.
Em 2011, após um debate de vários anos com idas e vindas, o Plenário do TCU ratifi

Financiamento ESG para empresas _ Omar Avila e Virginia Suby

Omar Avila e Virginia Suby
Omar Avila e Virginia Suby

Edição 355

Com a emergência da agenda ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança), um maior número de investidores estão interessados em financiar empresas que apresentem altos padrões de governança corporativa, transparência e responsabilidade socioambiental. Eles estão mais conscientes de que esses fatores são críticos para garantir a sustentabilidade a longo prazo dos negócios, de forma que demandam boas práticas empresariais. Para implementar tais medidas, empresas de economia real têm como alternat

Novo arcabouço fiscal: the good, the bad and the ugly _ Rafaela Vitória

Rafaela Vitória
Rafaela Vitória

Edição 355

Após mais de três meses de debate o governo encaminhou ao Congresso a proposta do novo arcabouço fiscal, que trouxe pontos positivos e negativos, mas ainda deixa dúvidas sobre sua capacidade de execução. A regra tem como objetivo reequilibrar as contas públicas e reverter a trajetória de crescimento da dívida brasileira e se baseia em experiências passadas como o controle do crescimento de gastos e meta de superávit primário.
O principal ponto positivo do novo conjunto de regras é a limitação do cresc

Juros e recuperação _ José Francisco de Lima Gonçalves

José Francisco de Lima Gonçalves
José Francisco de Lima Gonçalves

Edição 354

O regime de metas não vem servindo a seus objetivos já faz algum tempo. Os principais bancos centrais do mundo não conseguiram entregar as metas entre 2009 e 2020 sem praticar juros zero e programas enormes de “quantitative easingâ€. Depois de 2020, não entregam a meta apesar da forte alta nos juros e da contração de seus balanços.
Os bancos centrais dos emergentes penaram para ficar por perto das metas de 2009 até 2020, quando o choque da pandemia, agravado pela guerra, os fez elevar fortemente os ju

Os ciclos gêmeos: juros e crédito no Brasil _ Alexandre Muller

Alexandre Muller
Alexandre Muller

Edição 354

Na história recente das economias capitalistas, os ciclos de crédito guardam estreita relação com os ciclos de política monetária. Em geral, situações de excesso de demanda agregada provocam pressões inflacionárias, exigindo respostas dos bancos centrais via aumento de juros e redução dos estímulos para o consumo e investimentos. O alto custo de capital também pressiona os balanços corporativos, piorando os indicadores de crédito e gerando mais inadimplência. Nesse processo, empresas mais operacionalmente

Tesouro RendA+: um alerta para as EFPCs _ José Roberto Ferreira

José Roberto Ferreira
José Roberto Ferreira

Edição 353

No último dia 30 de janeiro, iniciou-se a oferta do novo título público anunciado pelo Tesouro Nacional, denominado Tesouro RendA+, nome comercial das NTNs-B1. O principal apelo apresentado foi a simplificação – como o slogan “a sua aposentadoria a um PIX†– comparado aos planos de benefícios operacionalizados pelas Entidades Abertas e Fechadas de Previdência Complementar. Essa referência induziu à hipótese de que tais títulos pudessem ser considerados de natureza previdenciária, o que tem incomodado o sis