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Faelba mira ativos de crédito no Brasil e no exterior

Em linha com seus pares, a Fundação Coelba de Previdência Complementar (Faelba) tem planejado aumentar a diversificação da carteira para enfrentar a taxa de juros na mínima histórica de 4,25%. No entanto, o espaço para aumentar a exposição em renda variável no plano de Contribuição Definida (CD), com cerca de R$ 1,3 bilhão de patrimônio, é limitado. Isso porque a EFPC oferece aos seus participantes os perfis de investimento, onde os próprios segurados definem qual nível de risco querem correr. “A maior parte dos nossos participantes têm um perfil conservador”, diz Augusto da Silva Reis, diretor superintendente da Faelba.

A EFPC chegou ao fim de 2019 com cerca de 15% em ações, e a previsão é que em 2020 o percentual encoste na casa dos 20%. Reis acredita, contudo, que o incremento não deverá ser suficiente para possibiliar uma rentabilidade do portfólio superior à meta. Por isso, a alternativa encontrada pela fundação será diversificar a própria carteira de renda fixa. Para tanto, a entidade colocou a classe de crédito privado como uma das prioridades para 2020. “A tendência é que nos próximos meses haja uma procura elevada dos institucionais por ativos de crédito”, diz o dirigente. “Quem chegar primeiro vai encontrar as melhores oportunidades, já que quando a demanda estiver muito alta os prêmios tendem a diminuir”.

Dada a profundidade relativamente limitada do mercado local, o superintendente da Faelba não descarta inclusive a possibilidade de investir em ativos de crédito no exterior. “Já temos no portfólio um fundo global de renda fixa, que faz o hedge do câmbio, o que nos deu alguma expertise e nos ajudou a entender melhor como funciona a dinâmica desse mercado lá fora”.