Prece alcança R$ 1,7 bilhão de patrimônio ao superar metas atuariais em 2019

A Prece, fundo de pensão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) do Rio de Janeiro com cerca de 10 mil associados entre participantes, aposentados e pensionistas, atingiu R$ 1,7 bilhão de patrimônio em 2019 ao superar as metas atuariais tanto no plano de Contribuição Variável quanto nos dois de Benefício Definido.

O Prece CV teve um rendimento de 15,60%, frente à meta atuarial de 9,50%; já os planos BD Prece I e Prece II rentabilizaram 15,98%, enquanto a meta atuarial foi de 9,08%. A rentabilidade do Prece III atingiu 11,68% no ano passado, mas por se tratar de um plano de Contribuição Definida, não há uma meta atuarial específica.

O maior destaque da rentabilidade dos planos veio do desempenho do segmento de renda variável. O Prece CV atingiu a performance de 35,94%, enquanto os planos Prece I e Prece II, 31,76%; o melhor resultado foi para o Prece III, que bateu 50,16% no ano. Em todos os planos o segmento de renda variável superou o principal índice da bolsa de valores — o Ibovespa —, que fechou 2019 com alta de 31,58%.

“O resultado positivo é fruto, em grande medida, do processo de fortalecimento ininterrupto da governança dos nossos investimentos. Além disso, a equipe da Prece adotou no ano passado uma estratégia com maior exposição da entidade à renda variável”, explica Antônio Carneiro Alves, diretor de investimentos da Prece, em comunicado. “Estamos em consonância com esse novo ambiente para alocação de recursos, gerado a partir de uma redução gradativa das taxas de juros. A nova realidade levou a Prece, e todos os fundos de pensão do País, a mudar suas posições”, acrescenta ele.

Para Carneiro Alves, títulos do governo, como as NTN, os CDI e outros papéis que, até bem pouco tempo atrás, pagavam a meta atuarial, com a baixa da Selic não pagam mais: “Nossa estratégia teve sempre como foco superar a meta estabelecida, evitar um déficit atuarial — mas sem recorrer a títulos de crédito privado de alto risco, que apresentam maior possibilidade de defaults futuros — e, com isso, consequentemente, não penalizar nossos participantes com contribuições extraordinárias”.

O diretor de Investimentos da Prece ressalta que esse movimento de alocação foi realizado através de um rígido processo de seleção de gestores, já previsto e consolidado na política de investimentos da entidade. “O monitoramento e a gestão ativa e diária dos terceirizados são ações de caráter absolutamente prioritário em nossa administração”, conclui o diretor.