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Vivest se recupera e fecha primeiro semestre com crescimento de 1,32%

A Vivest, nova denominação da Funcesp, se recuperou das perdas sofridas em março, com a crise causada pela Covid-19, e fechou o primeiro semestre registrando ganho de 1,32%. Com ativos de R$ 32 bilhões, o fundo de pensão, o maior de patrocínio privado do país, obteve no segundo trimestre uma rentabilidade acumulada de 6,28%, 2,17 pontos percentuais acima da meta atuarial. No período, que teve como ponto alto o mês de junho, com alta de 2,83%, os destaques ficaram por conta das carteiras de renda variável, fundos imobiliários, investimentos no exterior e renda fixa, com rentabilidades de 18,68%, 16,28%, 16,11% e 5,07%, respectivamente.
“O segundo trimestre foi de recuperação em nossas diversas classes de ativos, graças a um cenário mais favorável, que incluiu a redução das taxas nos títulos públicos federais, alta na bolsa e recuperação dos fundos imobiliários, entre outros fatores”, destaca o diretor de investimentos e patrimônio da Vivest Jorge Simino Junior.
A recuperação registrada no trimestre, assinala o executivo, também foi reflexo do cenário externo, particularmente dos Estados Unidos, onde tanto as autoridades do Executivo federal quanto o FED, o banco central norte-americano, desenvolveram políticas fiscais e monetárias muito agressivas no sentido de proporcionar um “oceano” de liquidez ao mercado daquele país, com uma forte reação do índice SP500.
Simino acredita que a recuperação do mercado, no terceiro e no quarto trimestres do ano, não terá a mesma magnitude da registrada no segundo trimestre. “Difícil imaginar o Ibovespa subindo mais 30% no segundo semestre, como aconteceu recentemente. Não tem fundamento para sustentar uma precificação como essa”, explica.
Um fator relevante para o mês de julho, segundo ele, é que este é o período em que as empresas começam a publicar os resultados do segundo trimestre. “Com esses números, teremos uma dimensão, com maior precisão, dos impactos sobre as companhias e seus resultados”, assinala.
O diretor da Vivest observa, ainda, que o mercado trabalha em movimento pendular: às vezes muito otimista, às vezes muito pessimista. “Neste momento, estamos com um toque de otimismo. Mas no fim de agosto, teremos os resultados do PIB do segundo trimestre, aí sairemos do mundo das expectativas para a realidade.”
De qualquer maneira, Simino considera que o cenário – tanto do ponto de vista econômico quanto sanitário – ainda está muito obscuro. “Tem que se reconhecer, com humildade, que ainda há muitas incertezas para levantarmos hipóteses para 2021. Temos problemas com ativos específicos. A volatilidade da taxa de câmbio, por exemplo, é impressionante”, explica.
A necessidade de diversificação das classes de ativos vai continuar pelos próximos meses, acrescenta o dirigente, só que em um quadro de risco maior. “O cenário fiscal é mais complexo do que era há um ano atrás. A necessidade de buscar um portfólio com mais ativos de riscos e maior diversificação permanece, mas sempre com com a consciência de que estamos em um ambiente mais arriscado. Assim, a nossa pré-disposição ao risco deve ser redimensionada”, diz.