A Fusan - Fundação Sanepar de Previdência e Assistência Social- prepara-se para trocar o modelo de precificação de sua carteira de títulos públicos, saindo da marcação na curva e levando esses papéis para a marcação a mercado. A mudança foi o caminho escolhido para que a fundação possa reduzir de maneira mais confortável a taxa de juros embutida em sua meta atuarial, atualmente de 5,25% além da variação do INPC. Os estudos vão definir se a troca atingirá a carteira em sua totalidade ou será apenas parcial. “Estamos discutindo neste momento como será feita a substituição do modelo, qual será o tamanho da redução da taxa e, em consequência, qual será percentual de títulos a ser levado para marcação a mercado; pretendemos concluir esses estudos até o início do próximo ano”, conta o diretor Administrativo-Financeiro da entidade, Dirceu Wichnieski.
Com um patrimônio de R$ 1,7 bilhão e 40% dos seus ativos marcados na curva, a Fusan decidiu aproveitar a oportunidade aberta pela nova regulação, que surgiu com a edição em outubro, pela Previc – Superintendência Nacional da Previdência Privada -, da Instrução Normativa nº 33. A IN regulamenta os critérios técnico-atuariais para definição da duração do passivo, da taxa de juros parâmetro, do ajuste de precificação e do estudo técnico de adequação das hipóteses atuariais.
“A IN foi muito oportuna porque permite reduzir os juros das metas atuariais sem que haja aumento dos passivos dos planos, o que levaria a eventuais déficits e à consequente necessidade de equacionamento mesmo nos casos de fundações, como a nossa, que têm uma expressiva carteira de títulos marcados na curva”, pondera Wichnieski. De acordo com a regulação, entretanto, o corte do juro deve ficar no limite da quantidade de títulos a serem marcados a mercado. Sem essa abertura regulatória para facilitar a redução da taxa, observa o dirigente, ficaria cada vez mais difícil para as entidades cumprirem suas metas.
