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Prevcom quer mais estruturados na carteira, incluindo os FIPs

FloryCarlosSPPREV 12jan 12LaisaBeatrisPara a Prevcom – Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo -, o ano de 2021 é o momento certo para buscar mais oportunidades de investimento na classe de fundos estruturados, incluindo FIPs, na tentativa de capturar retornos capazes de superar as metas atuariais até dezembro. “Tivemos em 2020 uma rentabilidade consolidada de 8,84%, apenas 0,21 ponto percentual abaixo da nossa meta de 9,05% - ou IPCA mais 4%-, o que foi um resultado ótimo diante das circunstâncias dos mercados. Mas teremos que remar muito este ano para encontrar alternativas de retorno fora da renda fixa”, afirma o diretor presidente da entidade, Carlos Henrique Flory.
No segmento estruturado, ele defende os FIPs – Fundos de Investimento em Participações – como o veículo ideal para diversificar. “É um instrumento excelente mas sofre um péssimo estigma devido a problemas passados e que precisam ser superados. Por conta desse estigma, quando se fala hoje em aplicar num FIP todos querem saber qual é a “mutreta” por trás da operação. O próprio órgão supervisor, a Previc, começa imediatamente a questionar a decisão”, aponta Flory.
A Prevcom entrou recentemente no FIP Economia Real, carteira de private equity do BTG Pactual, que foi lançado em 2020 com o objetivo de investir em ativos da economia real brasileira, incluindo infraestrutura, projeta retornos atrativos e tem diversificação setorial. O fundo captou R$ 1,296 bilhão de cotas de mesma classe e a Prevcom subscreveu a intenção de investir ao todo R$ 60 milhões, a serem alocados de acordo com chamada de capital a ser feita pelo fundo. Os investimentos serão feitos em empresas de médio porte de diversos setores, como educação, telecomunicações energia, saúde e industrial, ao longo do prazo de sete anos, período de investimentos de três anos e desinvestimento em quatro anos. “E pretendemos seguir buscando outros FIPs de igual qualidade e seriedade”, afirma Flory.
Os fundos estruturados já respondem atualmente por quase 15% dos ativos da fundação, perto de R$ 250 milhões. “É preciso perguntar onde vamos crescer este ano. Na renda fixa está difícil crescer, por causa da volatilidade, e o mercado de crédito está pouco atrativo. No exterior, em que também estamos alocando e tivemos excelentes resultados, enfrenta-se este ano a incógnita sobre o comportamento do dólar, então sobram principalmente as alternativas na classe dos estruturados”, diz o dirigente.
A fundação conta com um “porto seguro” relevante em NTN-Bs.”Quando veio a crise, fomos às compras de NTN-Bs mais longas, marcadas na curva, com rentabilidade de IPCA mais seis%, o que para nós é fantástico porque um belo naco de 54% da carteira está travado até 2050”. Outros 20% estão em fundos de renda fixa de vários gestores. No total, a Prevcom soma R$ 1,3 bilhão em renda