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Sebrae Previdência quer ampliar os empréstimos a participantes

Edjair Alves1O Sebrae Previdência, o fundo de pensão dos funcionários do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), vem elevando a participação de empréstimos a participantes nas suas operações, passando de 5,5% do seu patrimônio líquido no início de 2020 para 7% atualmente. “Os empréstimos são a nossa melhor opção de aplicação no momento. No último ano, essas operações garantiram uma rentabilidade de 15% com risco zero”, diz o diretor-presidente da entidade, Edjair Alves. “Nossa expectativa é atingir 10% até o fim deste ano”.
Com um patrimônio líquido próximo a R$ 1 bilhão, a entidade vem realizando campanhas de divulgação dos financiamentos, que estão à disposição de participantes ativos e assistidos com até 75 anos. Além disso, no segundo semestre do ano passado, a fundação reduziu os custos mensais dos empréstimos de 0,77% para 0,75% além da variação do IPCA, na opção pós-fixada, e de 1,12% para 0,97%, na prefixada. “Com isso a procura se intensificou. Atualmente, a média de recursos liberados soma R$ 700 mil por semana, com picos ao redor de R$ 1,6 milhão”, conta Alves.
Outra adequação da política de investimentos refere-se aos fundos de investimento no exterior, que devem crescer de 2% para algo entre 4% e 5% até o final do ano. A fundação também pretende diversificar as estratégias no segmento, hoje 100% concentradas em renda variável. “Estamos conversando com dois gestores externos, que já nos prestam serviços, para realizar as primeiras alocações em renda fixa externa”, diz Alves. Em 2020, a carteira de investimentos no exterior rendeu 36%.
Além disso, a fundação mantém a prospecção de novos parceiros. Nos últimos 12 meses assinou contrato para a gestão de planos de três organizações de profissionais de contabilidade – a Fenacon e os Corecons do Distrito Federal e de Mato Grosso do Sul –, além da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB). A estratégia de expansão contará, em breve, com três novos planos já aprovados pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). “Nosso foco são associações, federações e organizações do gênero”, diz Alves. “Não temos interesse em planos de entes federativos, embora tenhamos recebido consultas de dois estados, recentemente.”