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Mudança de conjuntura leva Prevcom a revisar seu asset allocation

FloryCarlosSPPREV 12jan 12LaisaBeatrisFrente à guinada na conjuntura econômica desde o final de 2021, a Prevcom-SP prepara uma rodada de revisão de seu asset allocation que deverá ser submetida ao Conselho da entidade na próxima semana. “Costumamos fazer essa revisão apenas uma vez por ano mas, entre os meses de setembro e outubro do ano passado, quando elaboramos a nossa política econômica, o mundo era outro, completamente diferente do que vivemos hoje, então decidimos promover alguns ajustes dentro das mesmas classes de ativos em que já investimos”, diz Carlos Henrique Flory, diretor-presidente.
A entidade já tem 50% de seu patrimônio alocado em títulos públicos e não deve aumentar essa fatia. A intenção é buscar, entre outras alternativas, novos instrumentos de alocação em renda fixa, com benchmarks e visões de mercado que sejam mais compatíveis com a superação de metas na atual conjuntura e não apenas referenciados em CDI/Selic.
Um dos objetivos é também abrir mais espaço para instrumentos como os Fundos de Investimento em Participações (FIPs) e outros veículos, como debêntures, que permitam alocar parte dos recursos em infraestrutura e empresas da economia real, diz Flory. Atualmente a fundação já aplica 5% de seus ativos em FIPs focados num conjunto diversificado de empresas. Ele destaca a valorização do FIP Economia Real do BTG Pactual, cujas cotas subiram mais de 90% e quase dobraram o valor aplicado, o que impulsionou a rentabilidade da entidade no mês de fevereiro, que saltou para 2,29%. “Esse não é um resultado ordinário, mas rentabilidades de 10%, 20% ou 30% além do IPCA são comuns nesses fundos”, avalia.
Com R$ 2,35 bilhões de patrimônio, a fundação registrou rentabilidade de 0,68% no mês de maio, equivalente a 85% de sua meta atuarial de IPCA mais 4%, que atingiu 0,80% no mês. No acumulado de janeiro a maio, a carteira rendeu 4,39%, período em que o CDI registrou de 4,36%.