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Fundação Promon na reta final para lançar perfis em seu plano CD

André Natali Schonert Promon1A Fundação Promon prepara seu plano de Contribuição Definida (CD), que soma R$ 800 milhões de patrimônio, para estrear o modelo de perfis de investimento nos próximos meses. “Vamos lançar os perfis ainda este ano, o que significará uma mudança expressiva já que o plano CD, hoje uma carteira única de investimentos, passará a ter três carteiras diferenciadas pelos níveis de risco”, conta André Natali, diretor de investimentos. Mas o objetivo é fugir da divisão tradicional entre níveis de risco conservador, moderado e agressivo. “Esse conceito é adequado ao ambiente bancarizado mas não é o ideal para os planos de previdência, em que a idade do participante é determinante para definir o risco”, avalia.
Ao mesmo tempo, a modelagem de ciclo de vida, que é de previdência pura, não faz tanto sentido já que boa parte dos participantes hoje acaba ficando pelo meio do caminho e resgata seus recursos por vários motivos ao longo do tempo. “Apenas uma menor parte da população dos planos faz a curva previdenciária completa, até a aposentadoria, o que nos levou a estudar um modelo mais complexo, um híbrido entre essas duas alternativas”, afirma.
Serão três perfis de risco, dos quais o mais conservador fugirá da fórmula de renda fixa pura, em CDI, e buscará agregar valor ao investir em títulos atrelados ao IMA-B e até mesmo em alguns FIPs. No segundo perfil, o único a incluir renda variável, o risco sobe um pouco e fica mais parecido com a atual carteira do plano CD. Já o perfil de maior risco irá buscar oportunidades em investimentos com maior rentabilidade e volatilidade mais alta, como as NTN-Bs de longo prazo. “No ambiente de hoje, em que esses títulos pagam taxas historicamente altas, vamos escolher um vencimento para carregar no longo prazo, uma NTN-B 2040 puro-sangue, o que faz sentido para o participante mais jovem”, diz.