A diretoria executiva da Funcef aprovou a estratégia de investimentos em fundos de infraestrutura para o Novo Plano CD e o REB CD, dois planos em fase de acumulação cujas carteiras representavam R$ 29,22 bilhões e R$ 2,95 bilhões, respectivamente, ao final do ano passado. Segundo o diretor de investimentos e participações da Funcef, Gustavo Portela, os fundos de infraestrutura vão focar em debêntures emitidas por empresas com nota de crédito alta para financiar obras de infraestrutura em setores como saneamento, transportes e energia elétrica.
Não há informações sobre os valores à serem alocados nessa estratégia, que ficará abrigada na classe de renda fixa dos planos. “Nosso objetivo com a diversificação é buscar a melhor combinação entre uma série de ativos financeiros para alcançar uma carteira mais balanceada, com a maior rentabilidade possível sem elevar o nível de risco assumido”, observa Portela. Segundo levantamento da fundação, os gestores de fundos de infraestrutura obtiveram uma rentabilidade anual média de 2,41% pontos percentuais acima das NTN-Bs entre 2021 e 2024.
Os fundos de infraestrutura ganharam mais atratividade com a publicação da Lei 14.801, de janeiro deste ano, que transferiu o incentivo fiscal do investidor para a empresa emissora. Com isso, o emissor pode pagar um spreed mais alto ao investidor, o que favorece os fundos de pensão que já contam com isenção fiscal em suas aplicações.
“As áreas de investimento, risco e conformidade participarão ativamente das seleções de gestores e fundos, com poderes e autonomia para acatar ou rejeitar gestores e fundos que não se encaixam no perfil de riscos dos planos da Funcef”, explica o diretor de administração e controladoria da Funcef, Rogério Vida.
Segundo a Funcef, “eventuais aportes serão analisados e deliberados caso a caso pela diretoria executiva, respeitando-se o rigoroso processo aprovado para escolher gestores terceirizados de referência, com capacidade comprovada, histórico verificável e boa reputação”.
A Fundação irá criar um fundo de fundos para adquirir as cotas de fundos de infraestrutura. O objetivo é dar aos participantes a possibilidade de consultarem na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) quais são os fundos, gestores e montantes investidos pela entidade.