A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nessa quinta-feira (24/10) uma operação para apurar supostos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro envolvendo recursos de Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) de dois municípios de São Paulo: Jundiaí e Tatuí. A operação foi motivada por denúncia anônima contra os dirigentes dos dois institutos.
Segundo reportagem do site “Metropole”, a operação foi autorizada pelo juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner, da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital. O site publicou que os dirigentes das duas entidades teriam influenciado a destinação de recursos dos RPPS para fundos de investimentos específicos, através de empresas intermediárias cujos sócios, também sob investigação, os beneficiariam. Ainda segundo o site, o Coaf teria apontado saques de valores em espécie da conta do Iprejun e também indícios de direcionamento de dinheiro da entidade para empresas-fantasmas.
Outro lado - Ouvido por Investidor Institucional para dar sua versão dos fatos, o presidente do Iprejun e da Associação Brasileira de Instituições de Previdência Estaduais e Municipais (Abipem), João Carlos Figueiredo, afirmou que as acusações são falsas e teriam sido plantadas por inimigos seus que atuam no sistema dos RPPS, críticos da sua atuação à frente da Abibem.
Ele disse estranhar o fato da Polícia Civil ter ido à sua casa e não à sede do Iprejun, onde os ilícitos teriam supostamente sido cometidos. “Em nenhum momento eles foram à sede do Iprejun. Se tem acusações de fraude envolvendo recursos do Iprejun, porque em nenhum momento eles foram no instituto?”, questionou.
Segundo ele, a Polícia Federal arrobou a porta do apartamento onde mora com a família às 6:00hs da manhã. Eles teriam levado dois notebooks, um celular e a quantia de R$ 8 mil em dinheiro. “Não sei bem o que eles buscavam, mas vasculharam tudo por uma hora e meia e levaram apenas isso”.