Mainnav

Rio Bravo lança em fevereiro área de soluções de investimentos

Daniel SandovalRio BravoA Rio Bravo, gestora comprada pela chinesa Fosun há cerca de três anos, pretende lançar em fevereiro próximo uma área de soluções de investimentos para atender às demandas específicas de clientes institucionais, como fundos de pensão, regimes próprios de previdência e family-offices. A área irá analisar as necessidades atuariais e de retorno do capital desses clientes e propor soluções que vão desde a criação de um fundo exclusivo com estratégia diferenciada até o uso de fundos de fundos condominiais ou a montagem de carteiras administradas, entre outros. “Nosso objetivo é ir além dos produtos, é oferecer produtos com serviços acoplados”, explica o head da nova área e diretor comercial da Rio Bravo, Daniel Sandoval. “
Ele chegou à Rio Bravo em junho de 2021, vindo da área de gestão de recursos da Caixa, e paralelamente às atividades que desenvolve na área comercial na gestora comandada por Paulo Bilyk tem se dedicado à estruturação dessa nova área de soluções. Embora funcionando dentro da própria Rio Bravo, a nova área terá autonomia de decisão para sugerir as estratégias mais adequadas para cada tipo de cliente, explica Sandoval.
De acordo com ele, o primeiro impulso para a consolidação da nova área aconteceu no final do ano passado, quando a Rio Bravo fez parceria com a Fiduc, fintech da área de planejamento financeiro com cerca de R$ 500 milhões distribuídos em cinco fundos de fundos (FoFs), assumindo a gestão desses fundos. Eles entram na área de soluções, juntamente com outros R$ 100 milhões mandatados por dois clientes institucionais para alocar em ativos imobiliários. “Começaremos a nova área com cerca de R$ 600 milhões, diz Sandoval.
A área prepara para fevereiro o lançamento de dois novos produtos, o primeiro um FoF que irá comprar cotas de fundos imobiliários, aproveitando as oportunidades que existem atualmente nesse segmento por causa dos valores depreciados, e o segundo um fundo de investimentos no exterior.
Segundo Sandoval, o FoF imobiliário incluirá várias estratégias como de tijolos, papéis etc. “Será um produto multiestratégia”, explica. Já o fundo de investimentos no exterior alocará basicamente em BDRs de ETFs. “Será uma carteira para otimizar a exposição ao mercado internacional, diz Sandoval. “Ao invés do investidor ir por conta própria nós vamos oferecer um fundo com uma inteligência de alocação”.
A Rio Bravo fechou o ano passado com R$ 13 bilhões sob gestão, embora no ranking da Anbima apareça com cerca de R$ 10 bilhões. A diferença, segundo Sandoval, está na contagem de carteiras administradas e ativos cuja gestão é feita fora da estrutura de fundos, que não são captados no ranking da Anbima.