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Marne é o principal candidato à Previc, após recusa de Cordeiro e Solange

Carlos Marne é um dos principais nomes cogitados na equipe de transição do presidente eleito, Jair Bolsonaro, para ocupar o cargo de secretário da Previc. Formado em ciências militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e com pós-graduação em direito previdenciário e política estratégica nacional pela Universidade de Brasília (UNB), Marne ocupa atualmente o cargo de diretor de licenciamento na Previc. Oriundo de uma família de militares, conta com o apoio do vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, que tem feito gestões no sentido de conduzi-lo ao posto de secretário da Previc.

Se o apoio do general Mourão conta a seu favor, conta ainda mais o conhecimento que possui da área previdenciária. Auditor fiscal da Receita Federal, ele está na área previdenciária desde o início dos anos 2000, tendo ocupado entre 2001 e 2003 a coordenação-geral de Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) e exercido desde 2003 vários cargos na Secretaria de Previdência Complementar (SPC). Foi coordenador da área jurídica, coordenador-geral de informações gerenciais e diretor de relações institucionais e, a partir de 2010, quando essa secretaria tornou-se Previc, foi novamente coordenador-geral de informações gerenciais, coordenador da assessoria de relações institucionais e atualmente diretor de licenciamento.

Embora o nome de Marne seja um forte candidato ao cargo de secretário da Previc, ele não corre sozinho. O ex-diretor de investimentos da Valia, Manuel Cordeiro, que após deixar a fundação há dez anos manteve proximidade com Paulo Guedes em vários trabalhos na área de investimentos, chegou a ser convidado por Guedes para ocupar o posto de secretário da Previc logo após a eleição de Bolsonaro. Não aceitou, mas recebeu a incumbência de buscar alguns nomes de peso para indicar para a equipe de transição. Tem levado a sério a missão e mantido conversas com vários potenciais candidatos ao cargo.

Outro nome que também teria recebido um convite mas não aceitou é o da atual presidente da Fapes, o fundo de pensão do BNDES, Solange Paiva Vieira. Ela também já foi titular da SPC, entre os anos 2000 e 2001, além de ter comandado a Anac, a agência de aviação civil, entre 2007 a 2011. Ela também teria declinado do convite, alegando que com filhos pequenos não gostaria de trocar o Rio de Janeiro por Brasília, embora tenha ficado balançada com a proposta que traz embutida uma idéia que lhe é cara, a da fusão da Previc com a Susep. Ainda assim recusou, mas não está excluída a possibilidade de que assuma algum cargo na nova diretoria no BNDES.