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Boom do investimento no exterior

Edição 333

Esta edição de Investidor, a primeira de 2021, traz como matéria de capa o crescimento dos fundos de investimento no exterior, um fenômeno que começou a se desenhar alguns anos atrás na carteira dos investidores brasileiros, principalmente os institucionais, mas avançava de forma muito lenta. É natural, com as taxas de juros na casa dos dois dígitos que tínhamos, todo mundo preferia a segurança dos títulos públicos. De dois anos para cá, entretanto, a realidade começou a mudar e paralelamente à queda da Selic, que foi pouco a pouco tornando desinteressante os investimentos em títulos públicos, o mercado começou a perceber os efeitos benéficos da diversificação.
Os investimentos no exterior, como suas diversas teses e geografias (a mais nova é a de investimentos na Ásia), surgiram como uma nova alternativa a dois problemas do investidor brasileiro, oferecendo rentabilidade e ao mesmo tempo diversificação. Não é de estranhar que, no ano passado, muitas carteiras de investimento de institucionais tenham tido neles uma das mais importantes contribuições para o atingimento das metas atuariais. Nem é de estranhar que cresça o número de fundações que pedem um limite de investimento maior para essa classe na Resolução 4.661.
Além da reportagem sobre o tema dos investimentos no exterior, trazemos também nesta edição uma entrevista com o sócio responsável pela carteira de investimentos de América Latina do SoftBank, o conglomerado japonês que apesar de carregar no nome o sufixo bank, de banco realmente não tem nada. É uma holding de investimentos, que usa capital próprio para investir em negócios de base tecnológica e alto poder de crescimento, conforme conta o responsável pela carteira de investimentos na América Latina, Paulo Passoni.
De um total de US$ 5 bilhões para investir na América Latina em cinco ano, a casa já investiu a metade. Neste ano deve investir US$ 1 bilhão, dos quais cerca de 70% no mercado brasileiro, conta Passoni na entrevista à página 8.