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Valia reduz meta atuarial e aumenta exposição a ativos de maior risco

Diante dos juros nas mínimas históricas de 4,25%, a Valia, fundo de pensão dos funcionários da Vale, tem se preparado para enfrentar o novo e desafiador cenário para as entidades fechadas de previdência complementar. Para isso, ela tomou medidas tanto do lado do passivo como do ativo – a meta atuarial dos planos Vale Mais e Valiaprev foi reduzida de maneira significativa para 2020, de 5,5% para 4,75%. E a alocação em ativos de maior risco também tem sido majorada de forma expressiva; no ano passado, a EFPC iniciou os investimentos na estratégia de multimercados macro, com a aplicação em seis gestores dessa classe de ativos. O retorno em seu primeiro ano foi de 158% do CDI.

No segmento de renda fixa, a fundação aumentou a exposição a ativos de crédito bancário, buscando rentabilizar melhor a parcela pós-fixada da carteira. Além disso, na parcela de títulos atrelados a índices de preços dos perfis de investimento, uma gestão ativa da carteira foi realizada, com operações táticas visando agregar valor com os movimentos do mercado.

Já na renda variável, a Valia elevou a alocação consolidada de R$ 784 milhões em 2015 para R$ 2,38 bilhões no final de 2019. Outra opção de diversificação são os investimentos no exterior. A alocação global da EFPC teve início em 2015, no subplano Vale Mais Benefício Proporcional. Em 2020 ela foi incluída nos Ciclos de Vida, ficando disponível para os atuais participantes ativos. “Vale ressaltar que estes investimentos que buscam retornos maiores possuem também um nível de risco maior. Ou seja, para buscar aumentar a rentabilidade é preciso conviver com maior volatilidade, incluindo a possibilidade de retornos negativos em algumas carteiras”, informa a entidade, em comunicado.