Funcef monta operação de guerra para enfrentar coronavírus

Renato Vilella1A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa, deu início nesta semana a uma verdadeira operação de guerra para enfrentar os efeitos do coronavírus Covid-19 sobre as suas operações. O programa de ações, que começou a ser debatido no fim de fevereiro, tem como principais metas preservar a saúde dos cerca de 640 empregados e garantir a manutenção dos serviços e rotinas da casa. "As diretrizes são utilizar ao máximo o trabalho a distância, por meio de computadores em rede, e reduzir ao mínimo a presença de funcionários em seus postos habituais de trabalho", diz o diretor-presidente Vilella, que falou à Investidor Institucional de sua casa, em Brasília. "Hoje [ontem], por exemplo, nossa sede deve estar quase vazia."

Para analisar riscos e buscar soluções, a entidade constituiu, há três semanas, o Comitê de Gestão de Continuidade do Negocio (GCN). O grupo, que realizará nesta terça-feira (24/03) a sua sexta reunião, é composto por cerca de 15 pessoas, incluindo os seis diretores da Funcef e outros executivos. "A cada encontro, a diretoria convoca especialistas para a discussão de medidas efetivas em diferentes áreas", diz Vilella. "Com essa organização, garantimos a rápida e efetiva a adoção das decisões tomadas."

Depois de mapear, processos e rotinas internos, o GCN, tratou de dar contornos ao novo modus operandi da entidade, definido pela crise sanitária que assola o planeta. A infraestrutura de tecnologia da informação (TI) recebeu, claro, atenções especiais. As equipes encarregadas das atividades essenciais da casa – casos de benefícios, tesouraria e investimentos – começaram a utilizar uma rede privada virtual (VPN, na sigla em inglês) e tiveram suas velocidades de navegação na internet mais que duplicadas, de 200 para 500 megabytes por segundo. "Além disso, mediante ajustes no orçamento, reservamos R$ 1 milhão para compras de softwares e equipamentos, e a contratação de novos servidores", assinala Vilella.