O Metrus, o fundo de pensão dos funcionários do Metrô paulistano, está oferecendo aos participantes do Plano II, de contribuição variável (CV), o recurso de reduzir ou até mesmo zerar temporariamente as suas contribuições básicas e suplementares. Proporcionada desde 22 de abril, a opção estará disponível até o próximo dia 15 e terá validade por quatro meses. A partir de setembro, as contribuições serão retomadas, com base nos percentuais vigentes em abril.
A medida é fruto dos impactos causados pela pandemia da Covid-19. Com uma receita atual equivalente a 20% do padrão normal, em razão das restrições impostas pelos governos estadual e municipal à circulação da população na capital paulista, o Metrô suspendeu alguns mecanismos de remuneração suplementar, como o pagamento de adicional noturno e a ‘compra’ de férias. “Para atenuar problemas orçamentários causados por essa perda momentânea de renda, decidimos oferecer aos participantes uma forma de
reduzir seus gastos”, comenta a diretora-presidente Alexandra Leonello Granado. “É algo absolutamente inédito na história da entidade, pois sempre incentivamos o nosso público a reforçar ao máximo sua poupança previdenciária.”
Com o mesmo objetivo, a entidade anunciou, em 13 de abril, um pacote de ações voltadas à sua carteira de empréstimos. A principal prevê a postergação do pagamento de parcelas por até seis meses. Além disso, o Metrus criou uma linha de refinanciamento excepcional e elevou, também em caráter emergencial, os limites para a tomada de novos empréstimos ao trocar o salário de participação (salário nominal + adicional de periculosidade + gratificação por tempo de serviço) pela renda bruta do participante como referencial para as contratações
dos empréstimos.
