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Basf Previdência mantém investimentos em renda variável e em FIPs

BasfA Basf Previdência, fundo de pensão dos funcionários do grupo Basf no Brasil, pretende manter o processo de investimentos em renda variável, iniciado há dois anos e que vinha num crescendo no ano passado. A entidade investiu cerca de 75% de uma reserva de liquidez de R$ 10 milhões em dois fundos exclusivos de renda variável no final do ano passado. “Como já tínhamos o aval da política de investimentos para reforçar as posições em renda variável, aplicamos nesses fundos que proporcionam um grau de liquidez bem superior ao dos veículos abertos”, comenta o diretor de investimentos Antônio José D’Aguiar.
Com um patrimônio total de R$ 1,45 bilhão, a fundação tinha oito fundos de renda variável no final do ano passado, incluindo os exclusivos Ópera e Suvinil, com gestão da Franklin Templeton e do Santander, que somavam uma participação de 13,64%. Ao final de março deste ano, em razão do tombo sofrido pelo mercado acionário, essa participação tinha caído para 10,48%.
A Basf Previdência também está ampliando a aposta em Fundos de Investimentos em Participações (FIPs). A entidade, que já tinha R$ 15,64 milhões aplicados nesse segmento no ano passado, aplicou outros R$ 13,5 milhões em um recém-lançado fundo florestal, o quinto do gênero a marcar presença em seu portfólio. “O aporte inicial, no valor de R$ 2,7 milhões, foi feito no primeiro trimestre e os demais serão efetuados ao longo deste ano”, conta o executivo. “O curioso é que nos tornamos referências globais no grupo Basf em fundos de private equity. A equipe da fundação de previdência da nossa matriz, na Alemanha, nos solicitou contatos e informações a respeito”.
Segundo ele, “nossos resultados em 2019 foram excepcionais. Nossa rentabilidade consolidada atingiu a marca expressiva de 14,27%, superando por boa margem a meta atuarial de 9,44%”. De acordo com D’Aguiar, “com a Selic a 3% ao ano e tendendo a novas quedas, a diversificação de investimentos é uma necessidade.”
Com perdas de 5,82% em março por conta da crise o Covid-19, a entidade conseguiu uma pequena recuperação de 1,97% em abril e acumulava crescimento de 0,13% em maio, até a última sexta-feira (22/05). “Estou otimista, acredito que, até o fim do ano, conseguiremos superar o CDI. Mas não será fácil garantir o cumprimento da nossa meta atuarial, de 4,75% além da variação do INPC”, diz D’Aguiar.