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Previ adia planos de diversificação e projeta déficit para o ano

marcelo wagner previ1A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, suspendeu temporariamente os seus planos de diversificação. A fundação tencionava vender ativos da carteira de renda variável - ações em bolsa e participações em empresas - para investir em fundos imobiliários, fundos multimercados e fundos de investimentos no exterior. A estratégia, agora suspensa, envolvia reposicionamento de quase R$ 5 bilhões. "O que fizemos foi suspender por ora, até que o ambiente de incerteza melhore e haja condição de ver a retomada com mais clareza", afirmou o diretor de Investimentos da Previ, Marcelo Wagner, ao Estadão/Broadcast.

De acordo com Wagner, dado o cenário de incertezas por conta da crise do Coronavirus, a fundação não descarta fechar o ano de 2020 com déficit atuarial. O fundo apresentou no primeiro trimestre um resultado negativo de R$ 23,6 bilhões no Plano 1, de benefício definido, o maior da Previ. O segmento mais afetado no período foi o de renda variável, que representa 39,81% do portfólio do Plano 1, com rentabilidade negativa de 26%. O restante do portfólio está dividido em renda fixa (49,44%), investimentos imobiliários (6,71%), operações com participantes (3,34%), investimentos estruturados (0,56%) e investimentos no exterior (0,13%).