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Sistema recupera perdas e reduz déficit em R$ 26 bilhões no 3º bi

A nova edição do Relatório Gerencial de Previdência Complementar (RGPC), referente ao terceiro bimestre do ano, demonstra que os fundos de pensão já recuperaram a quase totalidade das perdas sofridas entre março e abril em razão da crise dos mercados causada pela Covid-19. Segundo o levantamento, elaborado pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia com base em dados da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o patrimônio líquido das entidades fechadas de previdência complementar (EFPCs) apresentou crescimento de 5,10% entre o segundo e o terceiro bimestres, para R$ 966,88 bilhões. Dessa forma, a queda em relação ao montante registrado em dezembro último, de R$ 989,45 bilhões, retrocedeu de 7,02%, em abril, para 2,28%, em junho.
Também foram registrados pelo RGPC avanços significativos nos resultados dos planos das EFPCs. Entre o segundo e o terceiro bimestres, o total de planos com superávits saltou de 352 para 457 e o desequilíbrio do sistema, ou seja a diferença entre déficits e superávits, retrocedeu R$ 26,14 bilhões, para a casa de R$ 22,72 bilhões. Situação bem diversa, diga-se, da registrada antes da crise, já que em dezembro de 2019 o sistema apresentava um superávit agregado em torno de R$ 150 milhões e 521 planos operavam em equilíbrio.
A recuperação detectada pelo RGPC se estendeu de forma ainda mais intensa à previdência aberta. As provisões técnicas do segmento somavam em junho R$ 970,30 bilhões, 2,11% e 1,24% a mais do que em abril e dezembro últimos. O fluxo mensal de contribuições recebidas pelas entidades do setor, que apresentou queda de 57,19% na comparação de abril e janeiro últimos, para R$ 5,06 bilhões, também se restabeleceu, alcançando em junho um volume de R$ 10,91 bilhões, equivalente aos números registrados no segundo semestre de 2019.