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Justiça Federal do DF torna réus ex-dirigentes do Postalis

A Justiça Federal do Distrito Federal tornou réus no último dia 13 seis ex-dirigentes do Postalis, acusados de má gestão dos recursos do fundo de pensão dos Correios em ação que investiga irregularidades na aprovação de investimentos no Fundo de Direitos Creditícios Lavoro II. Os denunciados, segundo o Ministério Público Federal (MPF), já são réus em outra ação envolvendo também gestão temerária de recursos da fundação, ao aprovarem aportes no FIP ETB.
Pelos cálculos do MPF, os prejuízos causados aos beneficiários do Postalis passam de R$ 4 milhões. Além do recebimento da ação, o juiz federal decretou a indisponibilidade dos bens dos envolvidos até o limite do prejuízo causado. Segundo o MPF, as investigações revelaram que houve descaso e falta de critério dos administradores ao aprovarem aportes de R$ 50 milhões no FIDC Lavoro II entre abril e dezembro de 2010. O Postalis figurava como único investidor do FIDC.
Os procuradores da Força Tarefa Postalis no MPF apontam ainda que, além da infringência ao limite de concentração, os responsáveis pela aprovação dos investimentos não analisaram os riscos dos aportes, uma vez que o FIDC prometia uma rentabilidade quase equivalente às dos títulos do Tesouro, com maior risco e liquidez limitada a no mínimo dois anos. “A aprovação do investimento se deu sem as mínimas cautelas”, explica a FT.
Estão no rol de denunciados Adilson Florêncio da Costa, Alexej Predtechensky, João Carlos Penna Esteves, José Carlos Rodrigues Souza, Mônica Cristina Caldeira Neves e Ricardo de Oliveira Azevedo.
Em nota, a direção do Postalis afirma que “colabora com o Ministério Público e a Força Tarefa para tentar recuperar prejuízos causados em gestões anteriores, por isso vê com satisfação mais essa ação”. Ainda de acordo com a EFPC dos Correios, todos os recursos recuperados são incorporados ao patrimônio dos planos BD e Postalprev.