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Prevcom tem rentabilidade positiva em outubro e prevê bater meta

FloryCarlosSPPREV 12jan 12LaisaBeatrisCom rentabilidade positiva de 0,51% em outubro em sua carteira de investimentos, a Prevcom reverteu o retorno negativo de 0,39% registrado no mês de setembro e espera fechar o ano dentro de sua meta atuarial ou até mesmo supera-la, apesar das dificuldades no cenário adverso de investimentos este ano. O resultado consolidado da fundação até outubro estava positivo em 4,40% frente à meta de IPCA mais 4% (uma variação de cerca de 6%), informa o diretor presidente da entidade, Carlos Henrique Flory. “No nosso caso, podemos dizer que temos tido uma recuperação em V”, afirma o dirigente.
Apesar da crise produzida pela pandemia nos mercados, ele observa que a carteira da entidade só apresentou retorno negativo em três meses: fevereiro, março e setembro. “Estamos chegando perto da meta e poderemos ficar um pouco acima dela até o final do ano, dependendo do comportamento da bolsa agora em dezembro”. Em doze meses, a rentabilidade consolidada até outubro foi de 8,3% e ficou “colada” na meta de 8,6% no período.
“Tudo indica que o pior da crise já passou e os mercados seguem funcionando normalmente, sem risco aparente de rupturas como aconteceu em grandes crises anteriores”, pondera Flory. Para 2021, a entidade deverá seguir na trajetória de diversificação dos investimentos. “É preciso procurar nichos específicos na renda variável porque a bolsa não tem mais muito espaço para crescer além do que já cresceu e a gestão não pode ficar colada no Ibovespa. Uma das alternativas em renda variável tem sido os fundos de ações small caps e o nosso tem tido um bom desempenho”, conta. O ponto central é identificar o que funcionará no longo prazo. Pensando num horizonte de 30 anos de pagamento de benefícios, não dá mais para alocar em Petrobrás, por exemplo, já que o mundo está em busca de novas tecnologias.

Investindo em FIP – Na busca de investimentos alternativos, a Prevcom fez este ano um primeiro aporte em Fundo de Investimento em Participações, um FIP do BTG Pactual com portfólio diversificado de empresas e objetivo de oferecer rendimento suficiente para cobrir pelo menos a meta atuarial. O aporte, feito no final de agosto, foi de R$ 15 milhões mas o compromisso de investimento da entidade nesse fundo é de R$ 60 milhões. “O FIP é um excelente instrumento para diversificar e continuamos abertos para estudar novas oportunidades nesse mercado”, diz Flory. Outra perspectiva atraente para 2021 é aumentar um pouco a alocação no exterior, que hoje já representa cerca de 7% dos ativos totais da Prevcom. Se não houver aumento do limite regulatório de 10%, não haverá muito espaço para ampliar essa fatia, sob o risco de desenquadramento passivo. Além disso, lembra o dirigente, é preciso ficar muito atento ao câmbio na hora de investir globalmente, até porque os instrumentos de hedge cambial podem ter um custo elevado.