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Temática ESG é abordada em dois painéis do Congresso da Abrapp

Uma das principais demandas dos investidores institucionais, em termos de tendência, têm sido os investimentos ESG (de Ambiental, Social e Governança). O 41º Congresso da Abrapp discutiu esse tema em dois painéis técnicos, um com apresentações feitas pela equipe da Mongeral Aegon Investimentos e outro pela equipe da Franklin Templeton Investimentos.
Para Iain Snedden, especialista em investimentos da Aegon Asset Management, carteiras ESG “ajudam a gerar retornos mais altos, e isso está sendo percebido pelos investidores”. Segundo ele, o volume de ativos ESG sob gestão no mundo passou de US$ 13 trilhões em 2012 para US$ 30 trilhões em 2018, tendendo a crescer ainda mais. Já Andrei Kiselev, Investment Manager da Aegon Asset Management, explicou que a inserção das empresas nas carteiras ESG segue critério de exclusão, ou seja, caso o produto ou serviço das empresas seja danoso para algum cliente, é excluído dos investimentos. Ele destacou a importância de detectar empresas em processo de melhoria de seus critérios ESG, para captar os upgrades de suas avaliações pelo mercado.
Já Berkeley Revenaugh, Senior Portfolio Manager da Franklin Templeton Investment Solutions, destacou a importância da igualdade de gênero nas empresas investidas. “Com maior diversidade no conselho, há mais discussão e mais diversidade de opiniões. Isso é muito importante para nós”, destacou. A gestora tem um fundo global que investe em empresas com, no mínimo, três mulheres em seu Conselho de Administração. São 40 a 45 empresas que atendem a esses critérios, segundo Berkeley.
Ela destacou o crescimento dos investimentos ESG ao redor do mundo, Temática ainda tímida na América Latina. “Em 2018, já havia US$ 31 trilhões alocados em investimentos sustentáveis ao redor do mundo”, disse. “As novas gerações têm esse compromisso com retornos e resultados socioambientais”.