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CuritibaPrev avalia impactos da diversificação adotada em 2020

LitzMarcosAurelioA CuritibaPrev, especializada em previdência para estados e municípios, avalia o resultado da guinada que promoveu na gestão de seus investimentos em meados do ano passado, em plena turbulência da pandemia. A nova modelagem apostou na diversificação de uma carteira que até então era altamente concentrada na renda fixa e contou com o aspecto favorável de ter sido inaugurada em agosto, no momento em que os mercados começavam a reagir à crise.
De uma rentabilidade acumulada negativa de 1,73% até agosto, a entidade saltou para resultado positivo de 3,13% no final do ano, o que ainda está abaixo da meta de 3,73% mas sinalizou o acerto do novo modelo descorrelacionado, analisa o diretor Financeiro da entidade, Marcos Aurélio Litz. A carteira de investimentos do principal plano da fundação, com patrimônio de R$ 5 milhões, atingiu rentabilidade equivalente a 377% do seu benchmark, que é CDI mais 1%.
A renda fixa, que absorvia 95% dos ativos totais da entidade no início do ano passado, começou a ser drenada para que os recursos fossem canalizados para outras classes de ativos, a começar pela renda variável, e no final de dezembro já havia recuado para 81% dos ativos. “A intenção é fazer com que a renda fixa caia até 45% ou 50% do total”, conta Litz.
Ao mesmo tempo, a renda variável subiu de 5,48% no início de 2020 para uma parcela de 18,47% no fechamento do ano e deve ficar em torno de 20% em 2021. A carteira de operações com participantes e os fundos multimercados estruturados devem absorver, cada um, 5% dos ativos e os fundos no exterior responderão por uma fatia de 10% do total.
“Havia um grande desafio de mudar a carteira para diversificar em meio a um cenário de fortes incertezas mas a estrutura que montamos permitiu isso; a descorrelação deu resultado e nos garante que será viável replicar esse modelo inclusive para os novos planos que a fundação pretende aprovar junto aos municípios este ano”, diz Litz.