Oito planos da Vivest terão que fazer novo equacionamento

Dos 18 planos da Vivest, fundo de pensão que reúne patrocinadoras privadas pertencentes ao setor elétrico, oito terão que fazer novos equacionamentos neste ano em função do déficit que afetou seus planos de benefício definido (BD). O déficit do ano passado, no valor total de R$ 884 milhões, é resultado da disparada do IGP-DI, indexador dos planos de benefício e que compõe a meta atuarial.
O IGP-DI fechou o ano em 23,08%, elevando a meta atuarial da fundação para inéditos 30,8%. Além do déficit técnico, a elevação do IGP-DI teve impacto significativo – de mais R$ 2,3 bilhões - nos contratos de dívidas vigentes, que são déficits do subplano BSPS já equacionados pelos patrocinadores.
“Essa disparada do índice inflacionário ao qual nossos planos são atrelados causou um forte descasamento entre o pagamento de benefícios e os nossos investimentos, tornando a superação da meta atuarial um desafio gigantesco, mesmo diante dos bons resultados nominais conquistados no período”, explica o diretor de Investimentos da Vivest, Jorge Simino Junior.
Segundo Simino, os déficits de 2020 reforçam ainda mais a necessidade de troca de indexador dos planos de benefício da entidade para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). “Somos a única, entre as grandes entidades de previdência complementar privada do país, que ainda adota o IGP-DI como indexador dos planos de benefício”, ressalta Simino.
Ele alerta que o descasamento entre ativo e passivo da Vivest tende a se agravar ainda mais este ano, tendo em vista que em abril vencerão cerca de R$ 9,8 bilhões em títulos públicos da Vivest que são atrelados ao IGP, sendo que o governo não emite mais títulos atrelados à variação desse índice desde 2008.
São os seguintes os planos que fecharam 2020 com novos déficits a equacionar: