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Funcef fecha 2020 com rentabilidade consolidada de 13,78%

Renato Vilella1A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal, fechou o ano de 2020 com uma rentabilidade consolidada de 13,78%, superando pelo quarto ano seguido sua meta atuarial de 10,19%. O resultado da fundação foi fortemente influenciado pelo desempenho da carteira de ações, notadamente do FIA Carteira Ativa II, veículo pelo qual a Funcef investe direta e indiretamente em Vale, que deu excelentes retornos. Além disso, também sua carteira de títulos públicos marcados na curva, de vencimento longo, contribuiu para o resultado.
Os dois principais planos da fundação, o REG/Replan Saldado e o REG/Replan Não Saldado, fecharam o ano com rentabilidade próximas. O Saldado rentabilizou 16,60% no ano enquanto o Não Saldado rendeu 14,11%. Além desses dois, a fundação possui três planos de menor porte, mais jovens, que também fecharam o ano no positivo: o Novo Plano CD obteve retorno de 7,45%, o Novo Plano BD obteve 10,95 e o REB CD 7,98%.
Nos seus dois principais planos, a renda variável e a renda fixa se destacaram. No Saldado a carteira de renda variável rentabilizou 32,57% no ano e no Não Saldado rendeu 21,92%. Já a carteira de renda fixa rentabilizou 12,52% no Saldado e 11,74% no caso do Não Saldado. Os planos menores, mais jovens, não possuem renda variável ou sua participação é muito baixa.
O pior desempenho das carteiras da Funcef ficou por conta dos investimentos imobiliários, que renderam 1,6% no plano Saldado e 1,78% no plano Não Saldado. O mau desempenho dessa carteira já era esperado diante do agravamento da pandemia, que levou a medidas de restrição como o fechamento de shoppings e hotéis e a adoção de home office. A renda dos aluguéis caiu à metade, enquanto o valor dos imóveis recuou 0,98% em sua reavaliação anual.

Superávit - A boa performance da fundação, com rentabilidade consolidada de 13,78%, permitiu alcançar um superávit de R$ 2,57 bilhões no exercício. Desse total, o plano Saldado participou com R$ 1,99 bi enquanto o Não Saldado com os restantes R$ 587 milhões. A participação do Não Saldado permitirá em redução média de 16,5% nos valores das contribuições extraordinárias dos seus participantes, enquanto no caso do Saldado, que não pode reduzir contribuições antes de eliminar o déficit, esse caiu significativamente de R$ 2,17 bilhões em dezembro de 2019 para R$ 197 milhões atualmente. “Reduzir os equacionamentos sempre foi uma missão prioritária”, disse o presidente da Funcef, Renato Villela.
De olho no novo cenário macroeconômico, com alta da taxa Selic e da inflação, além da pressão sobre a política fiscal brasileira, a Funcef revisou a sua política de investimento, sempre com foco no longo prazo. Entre as oportunidades projetadas para 2021 estão a reestruturação da carteira imobiliária, com prazo de cinco anos e foco em imóveis com valores médios mais altos, e a criação de uma carteira de investimentos. Também existem estudos em andamento para a criação de um plano familiar e a implementação de uma estrutura organizacional mais enxuta.
"Nos últimos anos, aprimoramos os processos de decisão de investimentos. A Funcef avalia com interesse todas as oportunidades de maximizar os recursos de seus participantes”, diz Villela.