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Vivest quintuplicou investimentos no exterior em 12 meses

SiminoJorgeVivestEm 12 meses, a alocação da Vivest em fundos de investimento no exterior saiu de R$ 500 milhões para R$ 2,5 bilhões, com a maior parte desses recursos aplicados em ativos de renda variável. “Daqui para a frente o que houver de crescimento nessa classe será marginal porque a maior parte da expansão já foi feita”, informa o diretor de investimentos Jorge Simino. Ele lembra que a entidade aplica apenas por meio de fundos locais que compram cotas de outros fundos lá fora e por enquanto não há perspectiva de que passe a investir diretamente nos mercados globais.
A fundação contratou há algum tempo uma consultoria especializada para estudar a estrutura de propriedade no mercado internacional, uma vez que cada setor de atividade envolve um ramo gigante de aspectos fiduciários, administrativos e outros. “O objetivo é entender como isso funciona e a consultoria desenvolveu um questionário para os gestores”, detalha Simino. Cada atividade avaliada recebe análise completa e notas de todas as estruturas para mostrar o que é mais robusto, mais complexo ou mais simplificado no funcionamento dos fundos. “Queremos ter um registro escrito disso para o dia em que decidirmos fazer investimentos diretos no exterior. É importante ter esse passo a passo pronto com antecedência mas isso não deve acontecer nos próximos dez anos porque exige um grau de complexidade muito grande”, afirma. Além disso, pondera o diretor da fundação, a oferta local de produtos para investir globalmente cresceu muito.
A Vivest já conseguiu reinvestir 75% dos mais de R$ 10 bilhões em NTN-Cs de sua carteira que venceram em abril. Esse volume de recursos foi redirecionado para a compra de NTN-Bs, renda variável local e investimentos no exterior. A renda variável doméstica recebeu aporte de R$ 1,5 bilhão no momento em que o Ibovespa atingiu 119 mil pontos, mas Simino lembra que a política da fundação continua seletiva em relação aos IPOs. “Todo cuidado é pouco porque quando há janelas de otimismo vem de tudo nas ofertas e é preciso separar o joio do trigo, analisar o tamanho da operação e saber qual será o destino dado aos recursos, se vai ser usado para pagar dividendos ou se vai parar no bolso do dono”.
A entidade já estava comissionada para o cenário de melhora na relação dívida/PIB este ano. “Nossa rentabilidade nominal deverá ficar em torno de 13% a 14% até o final do ano, o que será um resultado razoável mas continuará abaixo da meta da fundação, ainda atrelada ao IGP-DI, que sinaliza fechar 2021 em torno de 24% ou 25%”, pondera Simino.