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Morre o ex-secretário de previdência do Paraná, Renato Follador

renato folladorFaleceu na noite de ontem (03/07), vítima de complicações da Covid-19, o ex-secretário de previdência do Paraná e especialista no segmento de previdência fechada, Renato Follador. Ele vinha se dedicando nos últimos dois anos à atividade de consultoria nessa área, desde que deixou em julho de 2019 a direção do Fundo Paraná de Previdência (hoje Mais Futuro), onde esteve por 12 anos.
Follador foi secretário da previdência do Paraná entre 1996 e 2000, durante a gestão do governador Jaime Lerner. Foi também um dos idealizadores do ParanáPrevidência, o regime próprio dos funcionários públicos do Paraná, que dirigiu e onde adotou o conceito de separação da massa dos funcionários em dois fundos, um primeiro capitalizado para abrigar os mais jovens com tempo suficiente para acumular recursos que bancassem a própria aposentadoria, e um segundo fundo com recursos aportados pelo caixa do governo para pagar as aposentadorias dos funcionários mais antigos e prestes a requerê-la. Os dois fundos não deveriam se comunicar.
Na primeira década deste século esse conceito de separação de massas em dois fundos chegou a empolgar grande número de regimes próprios de previdência (RPPS), estaduais e municipais, que passaram a adotá-lo crescentemente até o momento em que alguns RPPSs, com problemas de caixa, começaram a lançar mão dos recursos do fundo capitalizado para bancar investimentos e despesas de aposentadoria da segunda massa. A partir dai a segregação perdeu consistência e nunca mais foi a mesma, para desgosto de Follador.
Analista profundo e arguto da área de previdência fechada, Follador foi entrevistado várias vezes nos últimos 25 anos por jornalistas da revista Investidor Institucional, sendo fonte de informações relevantes para nossas reportagens, sempre solícito e atencioso com nossos pedidos de entrevista.
Apaixonado por futebol, foi eleito no ano passado presidente do clube Coritiba, com 75% dos votos. Tomou posse na presidência desse clube em dezembro. Foi contaminado pela Covid-19 após ter tomado a primeira dose da vacina, e dez dias após ser internado num hospital de Curitiba foi transferido para UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde permaneceu intubado e faleceu na noite de ontem aos 67 anos. Deixa esposa e três filhos.