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Fundação Libertas aloca mais em FIPs e investimentos no exterior

BarataRodrigoLibertas 20marA Fundação Libertas, patrocinada por estatais das áreas de saneamento, habitação e desenvolvimento de Minas Gerais, está reforçando suas alocações em fundos de investimentos em participações (FIPs). Depois de ter adquirido R$ 3,4 milhões em cotas do Lacan Florestal III em 2020, a fundação acaba de aplicar mais R$ 20 milhões num FIP que investe em empresas ESG (de ambiental, social e governança). Com isso, o total de investimentos em fundos de participações já alcança R$ 120 milhões.
"A intenção é aumentar o volume aplicado em FIPs para R$ 200 milhões. Considerando que alguns dos fundos com os quais operamos já estão em fase de desinvestimento, na prática estamos incrementando a carteira de fundos de participações em 100%", comenta o diretor de investimentos e controladoria Rodrigo Barata. "E continuamos conversando com gestores em busca de outras opções, especialmente em private equity."
A estratégia promete elevar a fatia dos FIPs dos atuais 3% para 5% do patrimônio líquido da entidade, hoje ao redor de R$ 3,9 bilhões. O portfólio de FIPs da Libertas é composto por diferentes teses, incluindo fundos florestais, infraestrutura, tecnologia etc. "Os FIPs são encarados com reservas por alguns fundos de pensão, mas este, decididamente, não é o nosso caso. Há tempos colhemos retornos anuais de dois dígitos além da variação do IPCA nessa classe de fundos", diz Barata.
Empossada em janeiro de 2020, a nova diretoria da Libertas, que é encabeçada por Lucas Ferraz Nóbrega (ex-Previ Bayer), vem buscando diversificar as aplicações da casa. Esse esforço se traduziu, entre outras iniciativas, na elevação das fatias da renda variável e dos investimentos estruturados, passando de 7,1% para 10,8% e de 4,0% para 6,7%, respectivamente, nos últimos dois anos.
Além disso, a fundação iniciou alocações em fundos de investimento no exterior. "Em apenas um ano, Nossa exposição a exterior saltou de zero para cerca de 8% nos planos de Contribuição Definida e de 4% nos planos de Benefício Definido", destaca Barata. "Ainda temos espaço para crescer até o teto de 10% estabelecido pela Resolução 4.616 do Conselho Monetário Nacional, mas a evolução dependerá das condições de mercado."