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Previsc se prepara para estrear carteira de renda fixa global

Esch Ricardo2A Previsc fará em agosto a primeira investida no mercado de renda fixa no exterior para diversificar sua estratégia global, atualmente concentrada em renda variável. “Já temos R$ 85 milhões aplicados em equities no exterior e vamos entrar agora em renda fixa, com uma primeira tranche de R$ 50 milhões, por meio de uma estratégia que foi definida em 2020â€, conta o diretor de Investimentos, Ricardo Esch.
Ao todo, a carteira de exterior passará a representar uma fatia de 8% dos ativos totais da Previsc, já próxima do limite legal de 10% para esse tipo de alocação. A renda fixa será hedgeada (ao contrário da parcela de equities, que não tem hedge cambial) e utilizará uma estratégia “cravada na renda fixa propriamente dita e não em multimercadosâ€, explica o diretor.
A carteira será lastreada em ativos de crédito tradicionais, incluindo debêntures e títulos financeiros, entre outros, mas terá um perfil agressivo e perseguirá um benchmark de CDI mais 4%. Os ratings e toda a estruturação seguirão os parâmetros ditados pela política de investimentos da entidade. Esch admite que a escolha do benchmark foi um tanto arrojada. “Fomos talvez muito ousados e por isso acabamos tendo uma surpresa na hora de selecionar os fundos que irão compor essa carteira. "Acreditávamos que surgiria uma quantidade muito maior de opções na renda fixa do que tivemos na renda variável mas isso não ocorreu e foram poucos os fundos que atenderam os nossos requisitos de rentabilidade e consistência de retornosâ€, afirma o diretor.
A maioria dos fundos considerados no processo de seleção não preencheu as exigências nas quatro janelas de tempo estabelecidas pela fundação para avaliar resultados – 12, 24 e 36 meses e o último ano. “Encontramos fundos suficientes dentro desse objetivo mas não foi em quantidade superior à da seleção em equitiesâ€, afirma. Apesar de reconhecer a “ousadia†do benchmark, que traz um grau maior de volatilidade, a fundação vai manter esse referencial até que se conclua a próxima rodada de discussões para a sua política de investimentos, que será iniciada em setembro.