O Metrus, o fundo de pensão dos funcionários do Metrô paulistano, pretende iniciar na primeira quinzena de agosto o seu segundo fundo de investimento de crédito privado, com um mandato de R$ 30 milhões para a ARX Investimentos, do grupo BNY Mellon. O novo fundo vai rodar no Plano II da fundação, de Contribuição Variável (CV), que conta com um patrimônio ao redor de R$ 1,51 bilhão. Iniciado em agosto de 2020, o processo de seleção do gestor contou com as participações de 37 candidatos e foi concluído em 23 de abril último.
“Embora o mandato inicial seja de R$ 30 milhões, a longo prazo a capacity projetada é de R$ 100 milhões”, informa a diretora de investimentos e previdência Keite Bianconi. “Não anteciparemos recursos para o novo fundo exclusivo. Os aportes serão realizados de forma pontual, à medida que o gestor identificar e nos apresentar oportunidades.”
A fundação já conta com carteiras próprias de papéis privados, de empresas não financeiras, no valor de R$ 68,33 milhões, além R$ 226,77 milhões em créditos bancários, basicamente letras financeiras de instituições de primeira linha. “Continuamos atentos ao surgimento de boas opções para as carteiras próprias”, observa Keite. “A ideia, contudo, é delegar a tarefa em maior escala aos gestores dos fundos exclusivos, que tem muito mais agilidade para tomar decisões.”
O novo fundo da casa seguirá, em linhas gerais, as diretrizes do anterior que roda no Plano I, de Benefício Definido (BD), com gestão da BRZ Investimentos. Entre outras coisas, ele deve respeitar o limite de R$ 3 milhões para aquisição de lotes e a montagem de um portfólio com cerca de 30 papéis, para diluir riscos. “Criado há quatro anos, o exclusivo do Plano I vem entregando resultados desde o início”, diz Keite. “Hoje, conta com patrimônio de R$ 66,18 milhões e ainda tem muito para crescer. Nossa expectativa, assim como as projeções para o fundo do Plano II, é de que alcance a marca de R$ 100 milhões nos próximos anos.”
