A Vivest decidiu fazer sua primeira incursão no segmento de BDRs de ETFs (BDRs que investem em fundos de índices globais, negociados em bolsas internacionais) e está na fase final de seleção das estratégias que irão testar esse tipo de veículo, segundo explica o diretor de Investimentos, Jorge Simino. O investimento inicial será relativamente pequeno, em torno de R$ 370 milhões, próximo de 1% do patrimônio total da entidade, que é de R$ 37 bilhões, e utilizará quatro estratégias que serão escolhidas a partir de estudos de correlação entre elas e outros estudos desenvolvidos pela gestora especializada nessa modalidade de ativos, a BlackRock. “Queremos ter os quatro BDRs com o mesmo peso nessa primeira experiência, que será um test-drive para ver como eles se comportam”, conta Simino.
A decisão só foi tomada depois que o órgão supervisor dos fundos de pensão, a Previc, sinalizou o seu entendimento claro sobre a regulação do BDR de ETF, enquadrado como um investimento de renda variável local e não como parte da alocação no exterior. Desse modo o percentual alocado, embora dê acesso a uma grande variedade de ativos internacionais, não produz impacto sobre o limite legal para as carteiras de investimentos no exterior das fundações.
“Contratamos uma consultoria para ter um parecer externo sobre a interpretação legal do assunto e agora, tanto por esse parecer quanto pelo entendimento divulgado pela própria Previc, o tema já está pacificado e ficou claro que o BDR de ETF pertence à classe de renda variável local”, afirma Simino. Ele enfatiza, ainda, que a Previc assumiu a interpretação dada ao assunto pela própria Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a indústria de fundos de investimentos como um todo.