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Carteira de exterior da Centrus troca ETFs por fundo global

Altamiro LopesCentrusA Centrus, fundo de pensão dos funcionários do Banco Central (BC), está mudando a estratégia de sua carteira de investimentos no exterior, migrando os R$ 400 milhões atualmente alocados em ETFs para um fundo exclusivo global multiestratégia. Na verdade, ainda não está definido se a fundação usará um ou dois fundos exclusivos nessa nova configuração, que deverá ter a gestão da M Square ou da Schroders se a opção for por apenas um fundo ou de ambas se a opção for por dois exclusivos, explica o diretor-presidente do Centrus, Altamir Lopes. “A mudança já foi aprovada pelo nosso conselho deliberativo, mas ainda não foi decidido se teremos um ou dois fundos. De qualquer forma, a migração terá início, de forma gradual, até o fim do ano”, diz.
A Centrus começou a investir no exterior há dois anos e hoje a estratégia está inserida nos seus quatro planos de benefícios e inclusive no plano de gestão administrativa (PGA). No ano passado essa parcela da carteira, que representa 10% dos recursos garantidores (limite máximo permitido pela Resolução 4.661) dos planos de Contribuição Definida (CD) e do PGA, gerou retorno de até 52,4%.
A busca por uma nova estratégia, alocando em ativos diversificados, começou a ser desenhada em 2020, mas a seleção de gestores acabou sendo postergada devido à pandemia da Covid-19 e só ocorreu no primeiro semestre deste ano. Os gestores foram definidos há dois meses.
“Ainda estamos elaborando o plano de investimentos, mas um dos objetivos é a obtenção de um grau maior de diversificação nas aplicações no exterior, inclusive geográfica, já que os ETFs eram centrados no mercado norte-americano”, assinala Lopes. “O benchmark do nosso portfólio internacional, contudo, continuará a ser o índice S&P 500, composto por papéis negociados na bolsa de Bolsa de Nova York.”
A terceirização dos fundos exclusivos é recente na entidade, que tradicionalmente faz a gestão doméstica das suas aplicações. A primeira iniciativa do gênero foi a criação, em dezembro de 2020, do Centrus Órion FIC FIM, pilotado pela XP Advisory, que passou a responder pelas alocações da fundação no segmento estruturado. “Terceirizações de gestões de outras carteiras poderão ocorrer no futuro. Por enquanto, contudo, não há planos a respeito”, diz Lopes.