Funcef quer recursos garantidores em R$ 100 bilhões ainda em 2021

A rentabilidade de 11,61% alcançada pela Funcef no primeiro semestre deste ano, acumulando um superávit de R$ 3,6 bilhões, está levando a entidade a perseguir a ambiciosa meta de chegar aos R$ 100 bilhões em recursos garantidores ainda neste ano de 2021. Se ocorrer, seria um vigoroso salto dado pelo fundo de pensão dos funcionários da Caixa em relação aos R$ 88,2 bilhões registrados ao final deste semestre. “A Funcef segue no caminho do crescimento sustentável. Alcançar o reequilíbrio dos planos nos permite olhar para frente e discutir questões estratégicas para o futuro da fundação", afirma o presidente da entidade, Gilson Santana.
A fundação possui seis planos, dos quais cinco conseguiram superar a meta atuarial no primeiro semestre e apenas um ficou ligeiramente abaixo dela. Superaram a meta de 6,26% no período os planos REG/Replan Saldado (14,09%), o REG/Replan Não Saldado (12,32%), o Novo Plano BD (7,11%), o REB CD (7,91%) e o REB BD (7,27%). Ficou abaixo da meta, com rentabilidade de 6,21%, apenas o Novo Plano CD.
Dos investimentos consolidados da fundação, a carteira de renda variável foi a que apresentou os melhores resultados, com rentabilidade de 31,32% no semestre. A seguir vieram os investimentos estruturados, com retorno de 21,97%, as operações com participantes rendendo 7,84%, a renda fixa rendendo 7,74% e outros investimentos com 6,17%. Apenas investimentos imobiliários teve resultados negativos, com -1,30%.
Na carteira de renda variável merece destaque o desempenho do fundo de ações Carteira Ativa II, através do qual a Funcef investe em papéis da Vale, empresa beneficiada pela valorização das commodities na primeira metade do ano. O fundo rendeu 49,31% no semestre, vitaminando os resultados principalmente dos dois planos REG/Replan, o saldado e o não saldado, que concentram a maior parte das cotas desse fundo.
Já na carteira de renda fixa, onde estão aplicados 54% dos recursos dos participantes, o ciclo de alta da taxa Selic aliado às projeções de inflação, criou oportunidade para a compra de cerca de R$ 2 bilhões em NTN-Bs longas (atreladas ao IPCA), que oferecem proteção contra a inflação, têm baixíssimo risco e pagam cupons semestrais.

Metas - O novo estatuto da fundação prevê metas de desempenho para cada diretoria. Na gestão previdenciária, as metas são aplicar a Resolução CNPC 30 (alongamento de prazos e redução das contribuições extraordinárias) aos equacionamentos 2014 e 2015 do REG/RePlan Saldado, adequar o REG/Replan Não Saldado à resolução CGPAR 25 e incorporar o REB ao Novo Plano ainda em 2021, além do lançamento de um plano voltado às famílias dos participantes Funcef.
Ja na gestão dos investimentos, as metas são introduzir perfis de investimento e a requalificação da sua carteira imobiliária, com o desinvestimento em ativos físicos e a aplicação em fundos imobiliários (FIIs).