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FIPs elevam provisão para perda e afetam rentabilidade da Forluz

Usina Santo AntonioA Forluz, fundação previdenciária dos funcionários da Cemig, informou que os fundos de investimentos em participações (FIPs) Malbec e Melbourne, investidos pela entidade e mais outras sete fundações no ano de 2014, tiveram sua provisão para perda ajustada de 50% para 75% do valor referente à opção de venda das cotas (Put). Os fundos foram liquidados no início do ano passado após a Modal Administradora de Recursos, que fazia também a gestão dos fundos, renunciar sem ser substituída por outros administradores ou gestores.
O contrato previa que, nesse caso, os cotistas teriam direito a um “put” para vender suas cotas à Cemig-GT, com o valor investido corrigido por IPCA + 7%. A Cemig, no entanto, alegando que “as premissas e condições que fundamentaram o investimento na Santo Antônio Energia e a estrutura jurídica dos diversos contratos firmados para esse fim sofreram modificações substanciais que resultaram em desequilíbrio nas opções”, negou-se a pagar essa correção e foi à arbitragem buscando uma decisão mais favorável.
A arbitragem ainda está em andamento. Mas o ajuste da provisão para perda, de 50% para 75%, em nada afeta esse processo, explica a Forluz. “É importante ressaltar que o provisionamento se deve ao cumprimento de requisito legal e não está relacionado à perspectiva de êxito no processo de arbitragem que está em curso sobre o assunto”, comunica a entidade.

Resultados de agosto - Os efeitos desse aumento de provisão sobre os resultados dos investimentos da entidade, no entanto, já se fazem sentir. Eles impactaram a carteira de investimentos estruturados da fundação que fechou agosto com retorno negativo de 7,67%. Isso afetou o desempenho do plano A, de R$ 6,25 bilhões de investimentos, que fechou o mês com rentabilidade de menos 0,08%, informa a entidade.
Já no plano B, com investimentos de R$ 11,73 bilhões, apenas o perfil Agressivo fechou o mês com desempenho negativo de 0,69%, mas devido principalmente à sua maior concentração em renda variável. Os demais perfis tiveram rentabilidade positiva: Ultraconservador com 1,19%, o Conservador com 0,79% e o Moderado com 0,24%.
No plano Taesaprev, com investimentos de R$ 57,54 milhões, o perfil Ultraconservador rentabilizou -0,14%, o Conservador -0,30%, o Moderado -0,69% e o Agressivo -1,34%.