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Operação da PF contra Postalis visou FIDCs NP de 2016

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (17/09) a Operação Amigo Germânico para investigar crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, crimes contra o sistema financeiro nacional e corrupção cometidos contra o Postalis - Instituto de Previdência Complementar, fundo de pensão dos Correios. A ação da PF investiga operações irregulares com quatro Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios Não Padronizados (FIDC NP) criados entre novembro e dezembro de 2016, período anterior ao da atual diretoria da entidade.
A ação mobilizou 44 policiais federais para cumprir 19 mandados de busca e apreensão pela Justiça Federal no Distrito Federal, Paraná e em São Paulo. Segundo nota divulgada pela atual diretoria do Postalis, a medida “é mais uma das ações que vêm sendo realizadas nos últimos anos para a recuperação de prejuízos causados por gestões passadas e responsabilização dos culpados”. Ainda segundo a nota do Postalis, “é importante esclarecer que a sede do Instituto e seus atuais dirigentes não são alvos da operação, ao contrário, dela participam como apoio indireto. As operações são embasadas em informações e documentos enviados pelo próprio Postalis ao Ministério Público Federal (MPF), com a expectativa de que os responsáveis (pelas ações) sejam punidos e os recursos sejam devolvidos ao fundo de pensão”.
A Justiça também determinou o bloqueio de bens dos investigados até o limite do valor dos prejuízos já apurados, que somam cerca de R$ 16 milhões. Não foi divulgado o nome dos investigados que tiveram os bens bloqueados.
As investigações, em parceria com o Ministério Público Federal, apontam que os envolvidos respaldavam seus atos em pareceres jurídicos elaborados por pessoas com influência na escolha de gestores e administradores dos recursos dos FIDC NP. As empresas, posteriormente, direcionavam rebates de taxas que eram divididos entre os responsáveis pelas indicações.