O Banco Fator recebeu ontem à noite (22/09) a informação de que o Banco Central deu o sinal verde em relação à venda da sua corretora ao BTG Pactual, em negócio realizado no início de maio deste ano. Segundo o presidente do Banco Fator, João Antônio Lopes, com a confirmação da operação o banco pode seguir na sua estratégia de focar sua atuação nas atividades de banco de investimentos e gestão de recursos, assim como na expansão da seguradora.
O valor da transação não foi divulgado à época. A verdade é que a corretora tinha se tornado um peso ao grupo Fator nos últimos anos, operando com seguidos prejuízos. Em 2020 o prejuízo da operação chegou a R$ 11,21 milhões. A venda da corretora ao BTG representou o estancamento de uma sangria e a possibilidade de canalizar os recursos e a energia do grupo para as operações que são o seu core-busines.
Segundo Lopes, a Fator Corretora nunca esteve realmente no core-busines do grupo, embora tenha gozado de uma fase de grande prestígio no mercado em função da qualidade de sua equipe de pesquisa. “A área de pesquisa tinha a mão do Walter (Appel, fundador e principal acionista do grupo), que é mestre na análise de balanços e de empresas, embora a administração fosse da Dória Atherino”, comenta Lopes referindo-se à outra sócia do banco na operação, a corretora Dória Atherino.
