Os dois principais executivos da Funpresp-Exe, fundo de pensão dos funcionários públicos federais do executivo e legislativo, estão deixando a entidade. Ricardo Pena e Tiago Dahdah, que ocupam respectivamente os cargos de presidente e diretor de investimentos, estão deixando a fundação até o final deste mês. A escolha de novos executivos para os cargos está sendo conduzida por empresa de recrutamento, com seleção entre os participantes da entidade que contribuam com um de seus planos de benefícios há pelo menos 36 meses.
Criada em 2012, a Funpresp-Exe tem hoje 185 patrocinadores e patrimônio financeiro de R$ 4,6 bilhões, além de arrecadação previdenciária anual de R$ 1,3 bilhões e uma rentabilidade média anual de 10,72% desde sua criação. A entidade possui 105 mil participantes e 200 assistidos.
Os dois executivos estão na entidade praticamente desde sua criação, há nove anos. Pena foi, anteriormente, o primeiro superintendente da Previc, cargo que exerceu desde a criação do órgão regulador em 2010 até 2011, e antes disso ocupou por sete anos o cargo de secretário da Previdência Complementar (SPC). Já Dahdah foi coordenador de sistemas financeiros e também coordenador de seguros e previdência complementar do Ministério da Fazenda por três anos, até 2012, e antes disso foi economista da Petros por um ano e da Funcef por sete anos.
“Foram nove anos de muito trabalho, compromisso e dedicação (à Funpresp-Exe). Foram muitas realizações das quais me orgulho e divido com tantos colegas com os quais tive o privilégio de trabalhar. Desde a elaboração e tramitação da Lei de criação da Funpresp, em 2012, a implementação da Entidade, o funcionamento e desenvolvimento da previdência complementar para os servidores públicos do Poder Executivo e Legislativo Federal. Uma transformação de enorme relevância para os servidores públicos e para o país”, diz Pena em comunicado.
O executivo, que antecipa estar já conversando “com players da área de previdência complementar dos servidores públicos”, destaca entre as realizações da sua gestão, “a adesão automática em 2015, a migração do regime previdenciário, a oferta dos perfis de investimentos com ciclo de vida, a montagem da carteira de consignados, a redução da taxa de carregamento, o fortalecimento da transparência e governança com o novo Estatuto em 2019 e a modernização e flexibilização do Regulamento do plano de benefícios em 2021”.
Economista de formação, Pena possui doutorado em demografia e estudos da população pelo Cedeplar/Face da Universidade de Minas Gerais. Dahdah também é economista de formação, com especialização em câmbio e comércio exterior pela FGV e mestrado em finanças pela Universidade Católica de Brasília.
