O plano de Benefício Definido (BD) da Valia fechou 2021 com rentabilidade de 17,4% na sua carteira de investimentos, superando em 2,1 pontos percentuais sua meta atuarial de 15,3% (INPC mais 4,70%). Com o resultado o plano ampliou seu superávit e conseguiu estender de 52,4 para 60 meses as reservas para o pagamento adicional a aposentados e pensionistas de 25% do benefício líquido de contribuição. Com R$ 12 bilhões de patrimônio e uma carteira de investimentos composta principalmente por títulos públicos, o BD é o maior entre os oito planos administrados pela entidade.
No resultado consolidado da fundação, a rentabilidade ficou em 12,4%, com metas variando de acordo com cada plano. A Valia fechou o ano passado com ativos totais na casa de R$ 27,30 bilhões, informa o diretor de investimentos da Valia, Maurício Wanderley.
“O ano passado foi difícil mas 2022, embora tenha começado muito confuso, ainda pode nos surpreender”, acredita Wanderley. Ele cita o nervosismo dos mercados por conta de fatores internacionais, incluindo a perspectiva de retirada de estímulos pelo Federal Reserve, com a alta do juro nos EUA, cuja exata dimensão ainda é uma incógnita. “No Brasil, o mercado sofreu este mês diante de todas as incertezas, mas o ajuste do juro feito previamente pelo Banco Central ajudou a trazer dinheiro estrangeiro, o que evitou uma especulação desenfreada e aumentou a demanda por ativos brasileiros", analisa.
A elevação das taxas pagas pelas NTN-B no ano passado, aliás, abriu uma oportunidade que permitiu à fundação comprar esses títulos para intensificar a imunização de passivos de planos que têm obrigações de benefício definido. “Depois de um longo período de juros baixos, isso foi importante porque conseguimos deslocar recursos de outras classes, seja da renda fixa seja da renda variável local, para comprar NTN-Bs e, em alguns planos menores, aproveitamos para fazer um d-risk e imunizar os seus patrimônios com esses papéis”, detalha.
