Rentabilidade média das EFPCs foi de 2% em março, segundo Aditus

Levantamento realizado pela empresa de consultoria de investimentos Aditus junto a um grupo de 120 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), com patrimônio somado de R$ 299 bilhões, apurou que a rentabilidade média do grupo no mês de março foi de 2,00%. No trimestre, a rentabilidade média foi de 3,67% e no acumulado de 12 meses, até março, foi de 9,05% (ver quadro abaixo). A consultoria realiza mensalmente o levantamento.
São mapeadas 12 classes de ativos, seguindo os padrões de investimentos das EFPCs. Das 12 classes mapeadas, apenas três tiveram rentabilidades negativas em março, com -0,35% para Fundos de Investimentos em Participações, -1,35% para Exterior Renda Fixa e -5,20% para Exterior Renda Variável). Das demais que apresentaram resultados positivos, os três melhores resultados foram 6,03% para Renda Variável Passiva, 5,60% para Renda Variável Ativa e 3,31% para Multimercados Estruturados.
No trimestre, das quatro classes de ativos que apresentaram resultados negativos os três piores resultados foram -19,13% para Exterior Renda Variável, -5,21% para Fundos de Investimentos Imobiliários e -4,48% para Exterior Renda Fixa. Das oito classes de ativos que apresentaram resultados positivos, os três melhores resultados foram 14,68% para Renda Variável Passiva, 9,38% para Renda Variável Ativa e 6,10% para Multimercados Estruturados
Dos R$ 299 bilhões que compõem a carteira de investimentos analisada pela consultoria, R$ 144 bilhões estão em planos BDs (48%), R$ 69 bilhões em planos CDs (23%) e R$ 86 bilhões em planos CVs (29%). Por número de planos, do total de 369 planos 134 são BDs (36%), 140 são CDs (38%) e 95 são CVs (26%).
Na visão da Aditus, “o mês de março foi marcado pelo desempenho positivo das principais bolsas globais, mesmo com a continuidade do conflito entre Rússia e Ucrânia, a imposição de novas medidas de restrição à mobilidade na China e às comunicações dos bancos centrais pelo mundo. As bolsas internacionais reverteram o movimento observado nos meses anteriores e apresentaram alta no mês.”
Ainda de acordo com a consultoria, “no mercado internacional de juros, o movimento foi de abertura da parte curta da curva, especialmente nos países desenvolvidos que se encontram no início do processo de normalização de suas taxas de juros. Nos Estados Unidos, acompanhamos os investidores precificarem a necessidade de o FED subir os juros em um ritmo mais rápido, com os juros para 2 e 3 anos, abrindo mais de 80 bps no período, enquanto os juros para 10 anos subiram 50 bps, passando de 1,83% para 2,34%.”
O boletim da consultoria analisa que “no Brasil, os ativos de risco seguiram com desempenho positivo no mês. Embora continuemos acompanhando dados de inflação acima do esperado, os mercados foram impactados pelas comunicações do Banco Central Brasileiro que, após elevar a taxa Selic em 100 bps, para 11,75%, no comunicado, sugeriu mais um aperto de mesma magnitude para a próxima reunião, mas ao mesmo tempo indicou a possibilidade de encerrar o ciclo de juros no patamar de 12,75%.”