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Percepção de risco em alta afeta rentabilidade da Vivest em junho

Jorge Simino1VivestA Vivest, multipatrocinado com predominância de empresas do setor elétrico, registrou rentabilidade negativa de -1,02% no mês de junho, frente a meta atuarial de 1,08% no período. No acumulado do ano, a entidade registra retorno de 4,95%, diante da meta atuarial de 10,94%.
Segundo a fundação, o resultado de junho é reflexo da maior percepção de risco no mercado financeiro no 2º trimestre, causada, entre outros motivos, pelo crescimento da inflação norte-americana e, no cenário doméstico, por uma conjunção de fatores, incluindo as aprovações de PECs (Propostas de Emendas Constitucionais), que aumentaram as incertezas relacionadas a questões fiscais no país para o ano de 2023 e seguintes.
Esse cenário impactou principalmente o mercado de ações, com o seu principal indicador, o Ibovespa, recuando -11,50% no mês, a maior queda mensal desde março de 2020. A queda do Ibovespa impactou os ativos de renda variável da Vivest, que caíram 10%, e também o seu resultado consolidado do mês.
Já os ativos alocados em renda fixa tiveram o melhor desempenho do mês, com rentabilidade de 0,73%. Já os investimentos no exterior tiveram retorno negativo, de -2,10%, em razão, principalmente, da queda do S&P 500 em -7,42%. Os fundos imobiliários caíram -1,06 no mês.
"A diferença entre o desempenho dos índices do mercado no 1º trimestre e o registrado no 2º trimestre foi muito significativa, com reflexo direto nas classes de ativos e no desempenho de todo o segmento de fundos de pensão do país. Para se ter uma ideia, entre janeiro e março, o Ibovespa subiu cerca de 15%, já entre os meses de abril e junho, caiu 18%”, afirma Jorge Simino Junior, diretor de Investimentos da Vivest.
Simino reforça, ainda, que os títulos públicos NTN-C, com vencimento em 2031, e que compõem boa parte do portfólio da Vivest, tiveram rentabilidade de 10% no primeiro trimestre, enquanto, no 2º trimestre, mantiveram-se estáveis, com rentabilidade próxima de zero.
A Vivest obteve, nos primeiros três meses do ano, rentabilidade de 5,37%, enquanto, no segundo trimestre, obteve retorno negativo, de -0,42%.