A vigência da Resolução CVM nº 175 deve trazer maior transparência à questão da cobrança de taxas e custos de administração no mercado de fundos de fundos de investimento (FoFs), avalia Vinicius Narcizo, diretor de Investimentos da Vexty. “Às vezes encontramos uma dificuldade grande para obter essa transparência porque os gestores dos FoFs nem sempre davam informações sobre os rebates de taxas. Monitoramos isso de perto e conseguimos entender bem o que acontecia, mas com a CVM 175 esse aspecto deve melhorar”, afirma.
Para Narcizo, há sim o risco de que alguns gestores decidam elevar taxas para compensar o rebate que não ficará mais em suas mãos, e os investidores terão que ficar atentos a isso. “Por outro lado, também será preciso estudar bem outros impactos dessa mudança porque ela poderá trazer maior competitividade ao mercado e a seleção de gestores é um processo dinâmico”, diz Narcizo.
A Vexty, que já adotou o modelo de FoFs para 40% de sua carteira de renda variável local e o aplica também a 15% da carteira de ilíquidos, estuda ampliar o uso dos fundos para outras classes, “desde que haja aderência às estratégias”.