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CEO e mais 5 executivos trocam Willis Towers Watson pela Lockton

willis towers watsonUm grupo de seis executivos da Willis Towers Watson, encabeçados pelo CEO José Otavio Sampaio, está deixando a empresa e indo para a concorrente Lockton. Eles ainda devem permanecer alguns dias no grupo num processo de transição, mas a mudança foi comunicada hoje (01/07) pela empresa ao seu quadro de funcionários.
Sampaio estava na empresa havia 30 anos, tendo começado sua carreira na Willis, empresa da área de seguros que se fundiu com a Towers Watson (da área de consultoria e recursos humanos) em 2016, dando origem à Willis Towers Watson da qual ele se tornou o principal executivo. Passados quatro anos daquela primeira fusão o grupo partiu neste ano para uma nova união empresarial, desta vez com o grupo segurador Aon, anunciada no início do ano. Segundo rumores do mercado, essa nova união da Willis Towers Watson com a Aon teria criado desconforto em algumas pessoas, incluindo o grupo que migrou para a Lockton.
Além de Sampaio, também estão deixando a empresa Marcello Avena e Priscila Ali, que ocupam respectivamente os cargos de diretor da área de seguros de saúde e serviços e diretora financeira. Investidor Institucional não teve acesso aos nomes dos outros três executivos que também estão deixando a Willis Towers Watson.
Uma fonte que pediu a condição de anonimato disse à Investidor Institucional que o comunicado da saída foi feito aos funcionários hoje (01/07), após o responsável pela organização na América Latina ter explicado a situação num call, realizado ontem, no qual garantiu que nos próximos meses, até os cargos vagos serem preenchidos, ele passaria a dedicar mais tempo ao Brasil. Segundo essa fonte, as saídas afetam muito pouco a área de consultoria e de recursos humanos do grupo, tendo reflexos principalmente nas áreas de seguros e serviços de seguros.
Segundo essa fonte, é pouco provável que a causa da saída tenha sido a operação de fusão entre a Willis Towers Watson e a Aon, até porque ela ainda não chegou no Brasil. “Por enquanto está sendo discutida apenas nas matrizes, Estados Unidos e Inglaterra, onde o acordo ainda depende de aprovação dos órgãos reguladores”, afirma. “Só depois disso é que passará a ser discutida no Brasil. O mais provável é que os executivos tenham recebido uma boa proposta da Lockton, que é pequena e está querendo crescer no Brasil, e resolveram aceitar”.
A Willis Towers Watson conta hoje com cerca de 800 funcionários no Brasil, sendo aproximadamente 600 na área de seguros e serviços de seguros e algo como 200 na área de consultoria e recursos humanos.