Mainnav

Brandão permanece à frente do Banco do Brasil

O presidente Jair Bolsonaro desistiu de demitir o presidente do Banco do Brasil, André Brandão, alertado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e pelos ministros da Economia e da Advocacia-Geral da União, respectivamente Paulo Guedes e José Levi, de que a demissão poderia resultar em processos legais movidos por investidores no Brasil e Estados Unidos, alegando interferência indevida no banco. O Banco do Brasil tem ações negociadas na bolsa brasileira e americana.
A demissão de Brandão chegou a ser cogitada pelo presidente Bolsonaro no início da semana passada, que teria se irritado ao receber o anúncio de fechamento de cerca de 200 agências e de um plano de demissão voluntária com o objetivo cortar 5 mil vagas no Banco do Brasil. Ele ficou sabendo da medida logo após ter recebido a notícia do fechamento das fábricas da Ford no Brasil (em Camaçari-BA, Taubaté-SP e Horizonte-CE), que deve resultar no corte de cerca de 5 mil empregos diretos. Ambas as notícias atrapalham os planos do governo de retomada das atividades econômicas o mais rápido possível.
Além disso, outro fator que intensificou o aborrecimento do presidente é que o anúncio foi feito sem comunicado prévio e às vésperas das eleições para a presidência da Câmara e do Senado, gerando atritos com a base de apoio do governo nos estados atingidos.