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Após reunião com Bolsonaro, ministros anunciam não interferência nos preços da Petrobras

O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou, ontem à noite, após reunião com presidente Jair Bolsonaro e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que o governo está comprometido em não manipular preços e em aumentar a transparência da Petrobras. Na reunião, os ministros explicaram a Bolsonaro como funciona o processo de formação de preços dos combustíveis.

Em coletiva de imprensa após a reunião, Guedes alertou que um eventual congelamento de preços colocaria em risco os futuros leilões de gás e petróleo, inclusive do excedente de barris da camada pré-sal. “Quem estabelece as práticas de preço é a Petrobras. A maior demonstração que podemos dar de que foi uma reunião de esclarecimento é que não saímos com preço [dos combustíveis] fechado. O presidente da Petrobras tem o encargo de tornar cada vez mais transparente a política de preços O que está claro é que tem uma dimensão econômica a ser respeitada para não colocar em risco nossos leilões”, declarou Guedes.

Segundo Albuquerque, o presidente "foi esclarecido" sobre o assunto e que a definição sobre qual será o percentual de reajuste no preço do combustível, e quando ele será aplicado, são decisões exclusivas da Petrobras. "Desde 2002, o preço do mercado de combustíveis é livre e quem vai tratar desse assunto é a Petrobras", afirmou.

O ministro de Minas e Energia ressaltou que o preço definido pela Petrobras incide nas refinarias e corresponde a 54% do valor final do que é vendido nas bombas. A formação final do preço, segundo ele, ainda inclui impostos federais e estaduais. Alburqueque argumentou também que os preços cobrados no país estão abaixo da média mundial. "Hoje, o valor do diesel no Brasil, praticado na bomba, é 12%, em média, abaixo do que é praticado no mundo. O Brasil é o 102º país no preço do diesel, em comparação com 165 países que têm o acompanhamento do preço do diesel", afirmou.

O ministro da Economia reiterou que, no médio prazo, o governo pretende fazer privatizações no setor de distribuição de petróleo e gás e mudar a regulamentação para atacar monopólios e cartéis no mercado de energia. Segundo ele, essas mudanças vão tornar a energia mais barata nos próximos anos. Ainda segundo Paulo Guedes, o governo estuda medidas de compensação da oscilação do preço do diesel para os caminhoneiros. Uma delas seria a indexação da tabela do frete ao preço do combsutível, como ocorre nos Estados Unidos. (Com informações da Agência Brasil)