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Anbima reduz estimativa do PIB de 2018 para 1,5%

O Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) reduziu a estimativa de crescimento do PIB de 2018 para 1,5%. Esta é a terceira sinalização consecutiva de corte nas projeções do grupo: em maio já havia passado de 3% para 2,4% e, na última reunião, em junho, a previsão chegou a 1,6%.

“A economia brasileira continua apresentando baixo dinamismo e grande ociosidade. Além disso, enxergamos poucos fatores que podem estimular uma recuperação no curto prazo. As melhoras na construção civil e no mercado de trabalho não mostraram continuidade, o que nos fez ajustar para baixo a previsão de crescimento deste ano”, afirma o presidente do Comitê da Anbima, Marcelo Carvalho, em comunicado.

Para os juros, a expectativa dos economistas é que o Copom (Comitê de Política Monetária) mantenha a Selic no patamar de 6,5% até o fim deste ano. Entre as projeções dos diferentes membros do grupo, a mínima e a máxima apuradas situaram-se entre 6,5% e 8,5%, o que indica diferenças nas percepções de alguns participantes quanto à trajetória dos juros após o período de eleições. Para o IPCA (Índices de Preços ao Consumidor Amplo) de 2018, a estimativa aumentou de 3,9% para 4%.

Exterior - Para o comitê da Anbima, mesmo com pressão menor da política monetária norte-americana no mercado financeiro em julho, o ambiente está desfavorável às economias emergentes. O grupo de economistas acredita também que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) deve promover três aumentos nas taxas de juros neste ano e outros quatro em 2019.

Em relação ao dólar, o comitê aumentou a projeção média para o fim de 2018 de R$ 3,63, discutida na reunião anterior, para R$ 3,68. Caso a expectativa se concretize, haverá desvalorização de 11,1% da moeda doméstica no ano. Para o grupo, a trajetória da taxa de câmbio nos próximos meses estará relacionada às incertezas do quadro eleitoral.