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Warren lança fundo que investe em empresas lideradas por mulheres

Aproveitando a proximidade da data em que se comemora o dia internacional da mulher, no próximo domingo (8), a plataforma e gestora de investimentos Warren, constituída por ex-executivos da XP como Marcelo Maisonnave e Tito Gusmão, lançou um fundo de ações que investe somente em empresas, brasileiras e estrangeiras, que possuem políticas internas de equidade de gênero. Para compor a carteira, a corretora selecionou empresas que têm mulheres CFOs em cargos na divisão nacional ou internacional, assim como companhias que desenvolvem ações de paridade de gênero em todos os níveis hierárquicos da companhia e também na composição de seus respectivos conselhos.

Como referencial para seleção dos papéis fora do País, a corretora utilizou os dados do Bloomberg Gender-Equality Index. A carteira do fundo conta com 80% de ações brasileiras e 20% de ações no exterior e é voltada para todos os tipos de investidores. A Warren pretende captar R$ 100 milhões para o fundo, e os recursos serão investidos em ativos de companhias como NVIDIA, Yum China, Bradesco, Santander, Itaú, L´Oréal, Omega, Healthcare Investors INC, Magazine Luiza, Coca Cola, Danone, S&P Global, Novartis, entre outras. O Warren Equals tem aplicação mínima de R$ 1 (o da plataforma é R$100), taxa de administração máxima de 0% ao ano e taxa de gestão da carteira a partir de 0,5% ao ano, dependendo do valor investido na plataforma.

“O mercado começa a olhar com outros olhos para essa pauta porque já existem números que comprovam a eficácia dessas práticas no dia a dia das grandes empresas”, afirma Kelly Gusmão, CPO e cofundadora da corretora e líder da iniciativa que dá nome ao fundo, em comunicado. “O Warren Equals está atrelado a um conjunto de ações que estamos lançando e que envolve a produção de conteúdos e eventos para a discussão do papel da mulher no mercado financeiro. Vamos promover ações de educação financeira voltadas para esse público".

De acordo com o estudo da S&P Global Market Intelligence, que serviu de base para a estratégia do fundo, empresas com políticas de diversidade de gênero no conselho foram mais lucrativas do que as companhias que não incentivam essa cultura. A pesquisa chegou a esse resultado após examinar a performance de organizações nas quais o cargo de CEO e CFO são ocupados por mulheres.

“Essa é uma tendência que ganha cada vez mais força. De olho nesses resultados, por exemplo, o Goldman Sachs anunciou em janeiro que só vai coordenar abertura de capital de empresas que tenham, pelo menos, alguma minoria bem representada em seu conselho, uma medida que hoje é muito voltada à inclusão de mulheres nesses espaços”, diz Thomaz Fortes, gestor de fundos da corretora.