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Moody´s altera para negativa perspectiva de assets na América Latina

A perspectiva que a Moody´s atribui para a indústria de gestão de ativos na América Latina foi alterada de estável para negativa em meio ao surto de coronavírus e o choque dos preços do petróleo. De acordo com a agência de classificação de risco, o cenário atual extremo limitará os fluxos para fundos na América Latina, bem como as tarifas para as gestoras de ativos.

"A maior volatilidade em consequência dos desdobramentos em torno do vírus, a desaceleração esperada na economia e a depreciação das principais moedas latino-americanas levarão a um enfraquecimento dos fluxos de investimento em 2020 na região, disse Jose Angel Montano, vice-presidente da Moody´s, em relatório.

A turbulência econômica e a maior volatilidade do mercado continuarão pesando nas perspectivas para o setor de gestão de ativos no Brasil, prevê a agência. Segundo ela, uma retomada não deve ocorrer antes do fim do ano. “Além disso, as consequências potenciais do coronavírus para o desemprego e atividade econômica pressionarão os ativos sob gestão dos fundos, especialmente no México, Peru, Chile e Colômbia”, diz o relatório divulgado pela Moody´s.

Na avaliação da agência, as gestoras de ativos mexicanas podem estar entre as mais impactadas pelo surto na região, considerando o fraco desempenho econômico em 2019 e as perspectivas ainda piores em 2020 para o país. Na Argentina, as perspectivas para a indústria de fundos continuam negativas, apesar de ter demonstrado notável resiliência à forte volatilidade nos mercados local e global, diz a Moody´s.