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Augme aposta em crédito high yield para clientes institucionais

marcelo urbano dias AugmeCrescer junto aos fundos de pensão e entidades de previdência aberta são os desafios da Augme Capital, gestora criada em 2018 e atualmente com R$ 780 milhões sob gestão. Especializada no mercado de crédito privado - com “uma veia high yield” -, a casa pretende aumentar gradualmente sua participação no segmento de produtos de crédito high yield para as Entidades Fechadas de Previdência Complementar, além de lançar um fundo voltado à previdência aberta. Seu fundo institucional, hoje com a participação de quatro fundos de pensão, rendeu 2,99% no acumulado do ano até setembro, contra CDI de 2,29%, e 4,65% em doze meses, contra CDI de 3,56%.
“Ainda estamos tateando esse mercado”, diz o CIO da casa, Marcelo Urbano Dias, referindo-se aos fundos de pensão. “E queremos crescer também junto às entidades de previdência aberta”, complementa. Segundo ele, neste ano a marcação a mercado impôs um sofrimento grande aos fundos de crédito, que cristalizaram perdas por causa dos resgates mas também tiveram chance de ganhar dinheiro com operações oportunísticas. A Augme levantou um fundo de R$ 85 milhões em abril, agora em fase de liquidação, que entregou rentabilidade de 6,10% até o último dia 22 e deverá estar completamente liquidado até janeiro de 2021.
“O cenário daqui para a frente, com CDI muito baixo, tira uma parte da atratividade da renda fixa e deve abrir um período de maior seletividade em relação à qualidade da gestão em crédito privado'”, ressalta Dias. O que pressupõe casas com capacidade para diversificar bem a carteira, selecionar as melhores oportunidades, garantir um bom carrego e gestão muito bem feita na entrada, além da transparência na informação sobre o risco de crédito aos investidores.